Ásia abre pregão de quarta com leve baixa de olho na inflação

Futuros de Wall Street recuam, enquanto rendimento dos Treasuries e dólar seguem pressionados

Japão retorna de feriado com alta nas ações
Por Andreea Papuc
23 de Novembro, 2021 | 10:32 PM

Bloomberg — Os mercados asiáticos de ações abriram estáveis nesta quarta-feira após uma sessão mista em Wall Street, marcada por um novo aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA com os investidores avaliando a perspectiva de uma política monetária mais rígida para conter a inflação.

As ações tinham leve alta no início da manhã desta quarta na Austrália e na Coreia do Sul, mas recuavam no Japão. Os futuros de índice dos EUA tinham leve baixa.

PUBLICIDADE

Na terça, papéis do setor de energia e finanças ajudaram o S&P 500 a manter valorização, enquanto o Nasdaq 100 estendeu o ritmo de queda. Um indicador das ações chinesas negociadas nos EUA caiu pelo segundo dia.

Na renda fixa, os títulos do Tesouro dos EUA recuaram com a curva de rendimento inclinando-se mais e impulsionando o dólar. As expectativas de inflação do mercado de títulos recuaram em relação aos patamares de meados de novembro, com as apostas de que o Federal Reserve irá acelerar a retirada dos estímulos monetários.

Os preços do petróleo subiram em resposta a um movimento menor do que o esperado das nações consumidoras para liberar reservas estratégicas e possibilidade de a OPEP + reconsiderar os planos para adicionar oferta. O ouro caiu, prejudicado por rendimentos mais elevados e pela força do dólar.

PUBLICIDADE

Conter a inflação é agora o ponto central para os formuladores de política monetária, num verdadeiro teste para os mercados à medida que os estímulos monetários da era pandêmica são reduzidos. A recente temporada de indicadores econômicos dos EUA e a última ata do Fed, que deve ser divulgada nesta quarta, darão aos investidores a última leitura sobre as pressões nos preços e a recuperação econômica.

“Há um bom tempo essa liquidez extra não está indo para a economia, ela está indo mais para os mercados”, disse Matt Maley, estrategista-chefe de mercado da Miller Tabak + Co., à Bloomberg Television. “O Fed vai começar a puxar para trás.”

Nos mercados emergentes, a queda livre da lira turca atingiu novos recordes, enquanto o presidente Recep Tayyip Erdogan defende taxas de juros mais baixas.

PUBLICIDADE

Aqui estão alguns eventos importantes desta semana:

  • Decisão de política monetária do Banco da Reserva da Nova Zelândia, na quarta-feira;
  • Ata do FOMC dos EUA, renda do consumidor, estoques no atacado, vendas de casas novas, PIB, pedidos iniciais de auxílio-desemprego, bens duráveis dos EUA, sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, na quarta-feira;
  • Decisão de política monetária do Banco da Coreia, na quinta-feira;
  • Dia de Ação de Graças nos EUA: ações americanas e mercados de títulos fechados, na quinta-feira
  • O presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, fala com Mohamed El Erian em um evento do Cambridge Union, quinta-feira;

Alguns dos principais movimentos nos mercados:

Ações

  • Os futuros do S&P 500 caíam 0,05% pouco antes das 10h30 em Tóquio (22h30 de terça em Brasília). Na terça, o S&P 500 subiu 0,2%;
  • Os futuros do Nasdaq 100 caíam 0,1%. O Nasdaq 100 caiu 0,5%;
  • O índice Topix, de Tóquio, recuava 0,3%;
  • Índice Kospi, de Seul, subia 0,1%;
  • O índice S&P/ASX 200 da Austrália subia 0,1%;
  • Os futuros do índice Hang Seng pouco mudaram;

Moedas

O iene japonês estava em 115,18 por dólar;

PUBLICIDADE
  • O yuan offshore estava em 6,3922 por dólar;
  • O índice Bloomberg Dollar Spot subiu 0,1%;
  • O euro subiu para US$ 1,1249;

Renda fixa

  • O rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos avançou três pontos-base para 1,66%;
  • O rendimento dos títulos de 10 anos da Austrália subiu seis pontos-base para 1,92%;

Commodities

  • O petróleo bruto West Texas Intermediate estava em US$ 78,41 o barril;
  • O ouro estava em US$ 1.789,53 a onça;

(atualizado às 22h30 com cotações mais recentes)

--Com a ajuda de Joanna Ossinger.

Veja mais em bloomberg.com