Bom dia! Hoje é 23 de novembro de 2021 e este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias do dia
A rede de restaurantes Madero, que passa por dificuldades financeiras, recebeu um novo aporte de R$ 300 milhões do Carlyle, um dos seus principais acionistas desde 2017, para fazer frente a compromissos com credores e fornecedores.
Com o socorro, o Carlyle aumenta ainda mais sua participação no grupo, que era de pouco mais de 27% antes dessa operação. O controle da companhia, no entanto, segue com Junior Dursky, fundador e a principal face do Madero junto a investidores e credores. Pelo aporte, Dursky se comprometeu a ceder mais 2.426.239 ações ordinárias para o Carlyle.
- Os novos recursos serão direcionados principalmente para a estratégia de expansão da empresa, que neste ano abriu 27 novos restaurantes.
- No auge da pandemia, o Madero teve que fechar lojas e demitir funcionários. Desde a reabertura das lojas, no entanto, o faturamento tem mostrado recuperação, mas as dívidas de curto prazo com bancos saltaram de R$ 349 milhões em 31 de dezembro de 2020 para R$ 667 milhões em 30 de setembro deste ano – um crescimento de 91%. Bancos têm outros R$ 350 milhões a receber com vencimento superior a 12 meses.
Na trilha dos Mercados
A definição sobre o comando do Federal Reserve (Fed), uma das incógnitas que rondavam o mercado, foi finalmente dissipada. Mas como os operadores vivem de fazer perguntas e projetar cenários, a questão levantada agora é se Jerome Powell assume o seu segundo mandato com uma posição mais “hawkish”, mais enérgica no combate à inflação. Adotará uma política menos branda - ou “dovish”, como o mercado gosta de qualificar?
Sabe-se que Lael Brainard, que estava com ele no páreo e assumirá a vice-presidência nos próximos quatro anos, é mais refratária a subir os juros básicos para frear a escalada dos preços. Mas o combate à inflação foi um tema central na coletiva de imprensa com o presidente Joe Biden e os dois economistas, cujas nomeações ainda necessitam a aprovação do Senado - o mercado dá como certo que não haverá resistência.
Ao apostar em uma redução mais rápida do programa de compra de ativos do Fed, além de uma propensão maior à elevação dos juros, os investidores se deslocaram a ativos de menor risco. Depois de subir, as bolsas no EUA fecharam em queda ontem – o Dow escapou, com ligeira alta de +0,05%.
Na manhã de hoje, os contratos futuros de índices apontavam para uma desvalorização em Wall Street. Na Europa, as bolsas operavam com perdas, também afetadas pelas notícias sobre novos bloqueios e restrições de atividades no continente para frear o contágio da Covid-19.
A considerar
🛢️ O mercado trabalha com a expectativa de que o presidente dos EUA anuncie hoje a liberação da Reserva Estratégica de Petróleo do país, que poderia ser feita em conjunto com várias outras nações.
💵 As atenções também recaem sobre os índices de gestores de compras dos EUA e da Europa. Dados preliminares sobre o PMI composto da Alemanha surpreenderam positivamente, subindo em novembro para 52,8 pontos, frente aos 51,0 esperados e 52,0 pontos da leitura anterior.
🪖 Os serviços de inteligência dos EUA detectaram a preparação de tropas e artilharia russas, o que possibilitaria uma invasão rápida e em grande escala da Ucrânia a partir de vários pontos caso o presidente Vladimir Putin assim o decida.
🏦 A bolsa do Japão está fechada por feriado
Saiba mais sobre o vaivém dos Mercados
No radar
No Brasil:
- Receita Tributária Federal (14h30)
- No exterior:
- PMI da zona do euro e dos EUA
- Decisão sobre taxas de juros do banco central da Nova Zelândia, quarta (24)
- Atas do FOMC dos EUA, rendas e gastos pessoais, dados preliminares sobre os estoques do atacado (outubro), vendas de casas novas, PIB terceiro trimestre (segunda estimativa), pedidos iniciais de seguro-desemprego, pedidos de bens duráveis dos EUA, sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, quarta (24)
- Índice Ifo de clima empresarial na Alemanha (novembro), quarta (24)
- Japão: indicadores PMI dos setores de manufatura de novembro, quarta (24)
- Decisão de política monetária do Banco da Coreia, quinta (25)
- Dia de Ação de Graças nos EUA: os mercados de renda variável e de renda fixa no país estarão fechados na quinta-feira
Destaques da Bloomberg Línea
- Jeff Bezos doa US$ 100 milhões para Fundação Obama
- Yuan sobe e comitê de câmbio chinês pede que bancos limitem especulação
- Monster estuda acordo com controladora da cerveja Corona: Fontes
- JPMorgan vai reembolsar até US$ 5 mil por despesa com quarentena
Também é importante
- A KKR & Co. se prepara para uma batalha pelo controle da maior operadora de telecomunicações da Itália com uma oferta de 10,8 bilhões de euros (US$ 12,2 bilhões), o que coloca a empresa de private equity americana em uma disputa com a francesa Vivendi.
- A chanceler Angela Merkel disse que o recente aumento de casos de Covid-19 é o pior enfrentado pela Alemanha até o momento e pediu medidas mais rigorosas para ajudar a controlar a propagação.
- A pandemia piorou algumas desigualdades de gênero nos lares americanos. Em 2020, as mulheres dedicaram 2,9 horas a mais por dia do que os homens aos cuidados infantis, em comparação com 2,55 horas em 2019.
- O governo brasileiro resolveu estabelecer prazos e procedimentos padrões a serem seguidos por frigoríficos, fiscais agropecuários, técnicos da área de defesa animal e até mesmo pelos laboratórios vinculados ao Ministério da Agricultura em casos de suspeitas de Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE), mais conhecida como ‘mal da vaca louca’.
Opinião Bloomberg
Mistura de Monster com Corona pode ser bastante energética
Essa sim vai ser uma incorporação monstruosa: a Monster Beverage, apoiada pela Coca-Cola e cujo logo agora ilustra o ringue do Ultimate Fighting Championship, estuda acordo com a cervejaria Constellation Brands. Esse mega acordo possivelmente fundiria cervejas, bebidas energéticas, licores, refrigerantes e até maconha em um impacto imprevisto para a indústria global de bebidas.
Pra não ficar de fora
O incidente na Rússia foi um aviso. Em uma manhã de inverno em 2013, um meteoro do tamanho de um prédio de quatro andares atravessou o país zunindo, até explodir perto da cidade de Chelyabinsk e ferindo mais de 1.600 pessoas em meio a danos generalizados a propriedades.
O pedaço de rocha e ferro, que tinha 18 metros de diâmetro, serviu como um lembrete violento de que a Terra, bombardeada diariamente com toneladas de destroços espaciais, cruza periodicamente com grandes assassinos de planetas - e uma parte significativa deles permanece não documentada.
Após anos de estudo e discussão, a Nasa está pronta para lançar seu primeiro esforço para poupar a Terra do tipo de calamidade que extinguiu os dinossauros, lançando uma sonda espacial para atingir um asteroide e alterar sua velocidade e curso.