Petróleo: Emirados Árabes Unidos não querem aumento de produção

Ministro do país-membro da Organização dos Países Produtores de Petróleo diz que mercado terá superávit a partir do ano que vem

OPEP e seus parceiros, incluindo a Rússia, se reúnem em 2 de dezembro para discutir produção
Por Anthony Di Paola e Zainab Fattah
23 de Novembro, 2021 | 08:40 AM

Bloomberg — Os Emirados Árabes Unidos dizem não haver necessidade da Organização dos Países Produtores de Petróleo aumentar a produção mais rapidamente, apesar da pressão de grandes consumidores como EUA e Japão para que o grupo ajude a baixar os preços da gasolina.

“Não há lógica para aumentar nossa contribuição”, disse o ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail Al-Mazrouei, a repórteres na terça-feira (23) em Dubai. “Não acho que estamos mudando o plano.”

PUBLICIDADE

O ministro não especificou se concordaria com a OPEP de desacelerar o aumento da produção caso os EUA e outros anunciem uma venda de suas reservas estratégicas de petróleo, em uma tentativa de reduzir os preços dos combustíveis.

A OPEP e seus parceiros, incluindo a Rússia, se reúnem em 2 de dezembro. O grupo está aumentando a produção diária em 400.000 barris por mês, mas disse que será flexível e pode se mover mais devagar ou mais rápido, dependendo da demanda.

Mazrouei reiterou a posição de que o mercado de petróleo passará de um déficit de oferta para um superávit no primeiro trimestre do próximo ano.

PUBLICIDADE

Ele e seu homólogo saudita, Abdulaziz bin Salman, disseram que a OPEP não deveria ser mais agressiva com os aumentos de oferta porque a pandemia de coronavírus ainda pode reduzir o consumo.

Embora o petróleo Brent tenha subido mais de 50% este ano, para cerca de US$ 79 o barril, caiu nas últimas semanas. Isso se deve principalmente a um aumento nos casos da Covid-19 na Europa e nos EUA, que está considerando uma liberação das reservas de petróleo.

“Vamos nos encontrar no dia 2 e veremos os fatos”, disse Mazrouei. “Veremos os volumes no mercado e tomaremos a decisão com base nesses fatos.”

PUBLICIDADE

Leia também

Ásia inicia negócios em baixa, mas futuros de NY sobem