Healthtech Klivo, que trata doenças crônicas, recebe R$ 45 milhões

Startup busca ganhos de eficiência relevantes com aposta em prevenção, monitoramento personalizado e melhor uso das infraestruturas

Marcelo Toledo e André Sa, fundadores da Klivo: tratamento humanizado que leva a maior engajamento, melhora clínica e redução de custos
23 de Novembro, 2021 | 10:00 AM

Bloomberg Línea — A healthtech Klivo, que atua com o tratamento de doenças crônicas como diabetes, recebeu um aporte de R$ 45 milhões numa rodada série A de investimento liderada pela Valor Capital.

A startup presta serviço de acompanhamento clínico especializado em doenças crônicas como diabetes, hipertensão, colesterol alto e obesidade - chamadas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) - para planos e seguros de saúde, além de empresas e laboratórios farmacêuticos. São doenças que envolvem acompanhamento constante, que costuma onerar os custos médicos, mas que podem ter ganhos de eficiência relevantes com aposta em prevenção, tecnologia de monitoramento personalizado e melhor uso das infraestruturas.

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“O sistema de saúde é desenhado para o evento agudo e o paciente crônico precisa de um acompanhamento contínuo. Viemos para preencher esta lacuna do setor”, explica André Sa, um dos fundadores da Klivo. A empresa foi fundada em 2019 por Sa, ex-sócio do BTG Pactual e da Stone, e por Marcelo Toledo, ex-Nubank.

Segundo a Klivo, o investimento recebido será destinado para crescimento, ampliação das linhas de negócio e eventuais aquisições.

Além da Valor Capital, participaram também da rodada o Civilization Ventures, investidor semente da americana Omada, que também atua com doenças crônicas nos EUA; Tau Ventures, especializado em healthtech no Vale do Silício; Reaction, fundo de impacto dos alunos da Universidade Stanford; além dos brasileiros Canary e Norte Ventures e alguns investidores anjos que já estavam desde o investimento semente em 2020.

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A healthtech conta com uma equipe de saúde multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e educadores físicos, além de tecnologia e devices que enviam dados para acompanhamento contínuo dos pacientes 24 horas por dia. Com isso, consegue um engajamento maior do paciente no tratamento, capaz de ampliar consideravelmente as chances de melhora clínica, podendo reduzir o custo médico final em até 65%. Ao todo, a Klivo atende 21 mil pessoas.

Na avaliação de André Sa, a pandemia antecipou várias tendências no setor de saúde, ampliando a necessidade do acompanhamento dos pacientes crônicos que utilizam mais as infraestruturas médicas. “O potencial é enorme, visto que no Brasil, 52% das pessoas com 18 anos ou mais receberam o diagnóstico de pelo menos uma doença crônica em 2019. Viemos para simplificar e melhorar o setor da saúde com uso humano e inteligente da tecnologia, entregando mais qualidade de vida, melhora clínica e redução de custos”, explica Sa.

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Toni Sciarretta

News director da Bloomberg Línea no Brasil. Jornalista com mais de 20 anos de experiência na cobertura diária de finanças, mercados e empresas abertas. Trabalhou no Valor Econômico e na Folha de S.Paulo. Foi bolsista do programa de jornalismo da Universidade de Michigan.