Bloomberg — Os EUA estão no encalço de um britânico por acusações de que ele ajudou a roubar a identidade de um cidadão americano para furtar US$ 8,5 milhões em criptoativos quando era adolescente.
Corey De Rose, que enfrenta a extradição para os Estados Unidos, é acusado de ajudar a hackear uma carteira de criptomoedas e transferir a moeda digital para ele e seus supostos cúmplices em 2017, disseram os promotores no início de uma audiência no tribunal de Londres. Ele recebeu 108,18 Bitcoins, avaliados em cerca de US$ 300.000 na época.
De Rose fazia parte de uma equipe mais ampla de hackers chamada “The Community”, que supostamente sequestrou identidades dos EUA para roubar mais de US$ 50 milhões em criptomoedas, entre 2017 e 2018, alegam advogados americanos.
O grupo conspirou para hackear vários indivíduos por meio de sequestro de cartões SIM, uma técnica em que a identidade de uma pessoa é roubada ao obter o controle de seu número de telefone celular com o objetivo de roubar criptomoedas, disseram eles.
Os advogados do jovem de 22 anos disseram que ele deveria ser julgado no Reino Unido em vez de ser extraditado para os EUA. Eles estão lutando contra sua extradição por motivos de saúde mental e dizem que a criptomoeda não tinha valor e nenhum dano foi causado, porque foi apurado que o homem que supostamente ele teria ajudado a defraudar vendeu as criptomoedas ilegalmente no mercado.
“Estamos lidando com um garoto de 18 anos”, que é acusado de desempenhar algum papel nisso “por um período de dois dias” contra alguém “considerado tão desonesto”, que a criptomoeda não tem valor, disse Edward Fitzgerald, o advogado de De Rose, no tribunal na segunda-feira (22).
Peter Caldwell, advogado do Crown Prosecution Service do Reino Unido, disse que é irrelevante que a suposta vítima tenha cometido uma violação da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos.
Isso não “dá a Rose e seus amigos o direito de atuarem como Robin Hood” e tomarem os bens de outrem para ganho próprio, disse ele. “Esta é uma fraude muito séria.”
O CPS e o advogado de De Rose se recusaram a comentar o caso.
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