Bloomberg — As ações da Vestas Wind Systems chegaram a cair para o menor valor em duas semanas depois que uma das maiores fabricantes mundiais de turbinas eólicas foi atingida por um ataque cibernético.
A empresa dinamarquesa afirmou que os dados foram comprometidos, mas não havia sinais de que as turbinas operadas por seus clientes foram afetadas. Embora seja “muito cedo para avaliar” o impacto do incidente, a atenção estará voltada para os possíveis atrasos e custos de produção, disse Martin Wilkie, analista do Citigroup.
O incidente é outra dor de cabeça para a Vestas, que já batalha contra o aumento dos custos das matérias-primas e as interrupções na cadeia de suprimentos. No início deste mês, a empresa – referência no setor de energia eólica – cortou sua perspectiva de lucro do ano e disse que os ventos desfavoráveis provavelmente seguirão em 2022.
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A Vestas desligou alguns de seus sistemas após o incidente em 19 de novembro. A empresa não forneceu detalhes sobre o que exatamente aconteceu e não disse se foi um ataque de ransomware e se a investigação está em andamento.
Nesta segunda-feira (22), a empresa afirmou que as equipes de fabricação, construção e serviços puderam continuar as operações e que a empresa iniciou uma reabertura gradual e controlada de todos os sistemas de TI. As ações chegaram a cair até 3,5%, tocando o valor mais baixo desde 8 de novembro.
O incidente foi mais um da série de ataques cibernéticos contra empresas da Dinamarca. Em 2017, a A.P. Moller-Maersk, maior linha de contêineres do mundo, teve seus sistemas paralisados por um ataque que custou até US$ 300 milhões. Em 2019, a fabricante de dispositivos auditivos Demant perdeu cerca de US$ 85 milhões em um ataque cibernético. A gigante do setor de limpeza ISS foi afetada ano passado.
--Com assistência de Isis Almeida.
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