Bloomberg — Os metais básicos e o minério de ferro reagem a vários anúncios do governo chinês, desde medidas para estimular a economia a expectativas de mais apoio ao setor imobiliário em crise.
O banco central da China (PBOC, na sigla em inglês) sinalizou possíveis medidas de flexibilização monetária como forma de aliviar a desaceleração econômica dos últimos meses, causada principalmente pelo desaquecimento do mercado imobiliário. O cenário de maior afrouxamento segue a crescente preocupação com a economia sinalizada por várias autoridades recentemente. O país também busca facilitar a captação de fundos por incorporadoras imobiliárias em dificuldades. Além disso, informações da mídia local indicam que várias grandes cidades estão relaxando as regras para a venda de terrenos.
A confiança do mercado começa a melhorar após a recente derrocada dos metais básicos e ferrosos, disse por telefone Jia Zheng, operadora da Shanghai Minghong Investment Management. “O setor imobiliário chinês deve ver certo relaxamento, enquanto o PBOC também pode injetar liquidez em certa medida”, disse.
A turbulência que atingiu o mercado imobiliário chinês na esteira dos problemas de liquidez da incorporadora China Evergrande afetou a atividade de construção, uma fonte importante de demanda por commodities como cobre e aço. No mercado de ferrosos, a maior indústria siderúrgica do mundo continua a enfrentar uma série de restrições à produção e medidas para a redução da poluição, o que também aumentou os estoques de minério de ferro.
O minério subia 4%, para US$ 94,70 a tonelada às 16h32 de Singapura, com os ganhos concentrados pouco antes do fechamento das negociações na China. Em Dalian, os futuros fecharam com alta de 4,1%. O vergalhão avançou em Xangai, enquanto a bobina a quente teve queda.
O prêmio do cobre físico na China caiu para 1.125 yuans (US$ 176) na segunda-feira depois de atingir recorde na sexta em meio à oferta apertada. Os altos prêmios frearam algumas compras, segundo comunicado do Mercado de Metais de Xangai.
Os problemas na produção de alumínio da China, que responde por metade da oferta total mundial, também dão sinais de alívio, já que o governo pressionou mineradoras a aumentarem a produção de carvão. Uma unidade da fundição Wenshan, controlada pela Yunnan Aluminium, retomou a produção na segunda-feira após um vazamento em um banho eletrolítico na quinta-feira passada, disse a empresa, confirmando um informações sobre a paralisação, o que impulsionou os preços no final da semana passada.
O alumínio mostrava pouca variação, cotado a US$ 2.679,50 a tonelada, depois de cair 1,2% e subir 0,7%.
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