Mercado Livre vai permitir investimentos em cripto no Brasil

Clientes poderão comprar, vender e manter criptomoedas por meio de suas carteiras digitais

Mercado Livre vai permitir investimento em cripto (Divulgação/Mercado Livre)
Por Vinícius Andrade
22 de Novembro, 2021 | 03:55 PM

Bloomberg — O Mercado Livre está avançando no mundo das criptomoedas por meio de seu aplicativo de pagamentos digitais.

Os clientes do MercadoPago no Brasil em breve poderão comprar, vender e manter criptomoedas por meio de suas carteiras digitais em meio à estratégia da empresa mais valiosa da América Latina para expandir a linha de produtos financeiros. A ferramenta foi disponibilizada para um pequeno grupo de clientes no início de novembro e será implementada de forma mais ampla nas próximas semanas, de acordo com Tulio Oliveira, vice-presidente do MercadoPago.

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“Tomamos o nosso tempo para estudar e aprender antes de tomar a decisão” de entrar em criptomoedas, disse Oliveira, em entrevista. “Isso tem um potencial transformador adiante.”

A ideia é replicar o produto em outros mercados latino-americanos daqui para frente, segundo Oliveira. No entanto, em um primeiro momento, os clientes não poderão usar criptomoedas para pagar diretamente por produtos comprados no Mercado Livre, disse. A decisão segue movimentos feitos por empresas como PayPal e Venmo.

Em maio, o Mercado Livre anunciou a compra de US$ 7,8 milhões em bitcoins. O cofundador e CEO da empresa de comércio eletrônico, Marcos Galperin, tem destacado o potencial das oportunidades no mercado de criptomoedas.

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“Cripto será um acontecimento importante”, disse Galperin em entrevista à Bloomberg no início deste ano. “As pessoas estão tentando reter valor, e algumas das criptomoedas reterão valor por definição, porque não podem ser impressas ou desvalorizadas.”

O Mercado Livre iniciou seu braço de fintech em 2003 e, pouco a pouco, ampliou a oferta de serviços de carteira digital e meios de pagamento, passando a oferecer crédito para compradores e vendedores, além de seguros. O volume total de pagamentos totalizou US$ 20,9 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 44% em relação ao ano anterior em dólar.

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