Bloomberg — Milhões de chilenos foram às urnas neste domingo (21) para eleger quem irá governar o país entre 2022 e 2026, além de 155 membros na Câmara dos Deputados e 27 cadeiras no Senado.
- São as eleições mais polarizadas e com as maiores incertezas desde o retorno da democracia no Chile.
- A contagem dos votos começou após o fechamento das mesas de votação, às 18h, horário local.
O esquerdista Gabriel Boric e o conservador José Antonio Kast, presidente do Partido Republicano, se destacaram na reta final da disputa eleitoral como as opções mais bem posicionadas nas pesquisas, enquanto os candidatos Yasna Provoste (centro-esquerda) e Sebastián Sichel (centro-direita) ficaram em terceiro e quarto lugar, respectivamente.
De acordo com os primeiros resultados oficiais no exterior e com 1,04% das urnas apuradas (56.562 votos), Boric prevalece com 34,55%, seguido por Kast (24,45%), Provoste (11,89%), Franco Parisi (11,50%), Sichel (10,94 %), o progressista Marco Enríquez-Ominami (5,08%) e o ultraesquerdista Eduardo Artés (1,6%). No país, são quase quinze milhões de pessoas autorizadas a votar em 2.811 assembleias de voto, enquanto no exterior foram 71.018 em 133 locais.
Uma escolha sem precedentes
O dia foi caracterizado por longas filas e altas temperaturas, especialmente na capital Santiago. “Enquanto houver um eleitor na fila dentro ou fora do recinto, a mesa deve receber o voto de todos antes de proceder ao encerramento”, alertou o órgão de justiça federal do país depois de alguns recintos fecharem e deixarem eleitores sem acesso.
Qualquer resultado é possível em um país onde em outras ocasiões as eleições derrubaram as projeções das urnas, como aconteceu nas primárias de 18 de julho, onde Boric e Sichel derrotaram os que lideravam as medições em seus blocos: o comunista Daniel Jadue e o direitista Joaquín Lavín, respectivamente.
É uma corrida presidencial que, em sua reta final, aconteceu às cegas, já que no Chile a divulgação das bocas de urna é proibida 15 dias antes da votação.
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