Corretora de Londres oferece ‘férias ilimitadas’ contra burnout

Funcionários terão que tirar no mínimo quatro semanas de férias por ano, mais três dias por trimestres, diz CEO

A firma estabeleceu uma lista de atividades, de visitas ao veterinário a atendimentos de encanadores, que não contariam para o mínimo de quatro semanas
Por Tom Metcalf
20 de Novembro, 2021 | 02:35 PM

Bloomberg — Depois de um ano de sucesso para os mercados de capitais e uma pandemia, o FinnCap Group, do distrito financeiro de Londres, permitirá que seus funcionários tirem quantas férias quiserem na esperança de evitar o esgotamento da equipe.

A corretora com sede em Londres está mudando sua política de férias para oferecer aos funcionários intervalos pagos ilimitados a partir de 2022, disse a CEO Sam Smith, em entrevista por telefone nesta quinta-feira. Os banqueiros de investimento, vendedores e outros funcionários deverão tirar pelo menos quatro semanas por ano e dois ou três dias por trimestre, segundo Smith.

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“Não há um máximo, há um mínimo que você deve tirar”, afirmou. “O resto é com você.”

Smith - cuja corretora recrutou mais de 30 pessoas até agora este ano para ajudar com o aumento da carga de trabalho - disse que a política inclui outras medidas para garantir que os trabalhadores se sintam livres para tirar o máximo de férias possível.

A firma estabeleceu uma lista de atividades, de visitas ao veterinário a atendimentos de encanadores, que não contariam para o mínimo de quatro semanas.

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A mudança foi projetada para ajudar a aliviar a pressão sobre os 155 funcionários do FinnCap durante uma época sem precedentes para os mercados de capitais. Esse privilégio é cada vez mais comum em empresas de tecnologia, mas as financeiras - imersas em uma cultura de cobrança pesada de longas horas - têm se adaptado mais lentamente.

“O esgotamento não é resolvido com umas férias rápidas de duas semanas”, disse Smith. “É resolvido mudando adequadamente a maneira como você trabalha.”

FinnCap oferece serviços de consultoria e finanças para clientes institucionais, bem como investidores ricos. Nesta quinta-feira, o grupo relatou seus melhores resultados nos seis meses até 30 de setembro, após um “período excepcionalmente ativo para a equipe de M&A (fusões e aquisições)” e forte demanda em unidades de mercado de capitais. A receita aumentou 55%, para 31,7 milhões de libras (US$ 43 milhões).

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