Barcelona, Espanha — A fortaleza do mercado de ações norte-americano parecia inabalável. Nem mesmo os claros sinais de que a escalada dos preços pode incitar uma política monetária mais austera, tornando os títulos de renda fixa mais atrativos, estava afetando o otimismo dos investidores. Porém, hoje vencem opções de ações, o segundo maior vencimento na história recente, e isso promete adicionar volatilidade às operações.
Considerando a proximidade do fim de semana e que não há nenhum catalisador relevante de caráter macroeconômico, o mais lógico seria que as bolsas descansassem. Em Nova York, depois de uma abertura positiva, a maioria dos contratos futuros de ações decidiu inclinar-se ao campo negativo. Na Europa, as bolsas também abriram positivas e agora recuam. A retomada das restrições no continente para controlar o contágio pela Covid-19 coloca uma ameaça à recuperação econômica. A Alemanha está pressionando os cidadãos para que tomem vacinas do Covid-19, anunciando planos para restringir muitas atividades de lazer para os não vacinados em quase todo o país.
Ainda assim, levando em conta a resiliência dos mercados nas últimas semanas, há espaço para os investidores anteciparem as boas notícias esperadas para a semana que vem, como a confiança do consumidor norte-americano, o índice IFO de clima do comércio e as cifras da Black Friday.
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Do outro lado do mundo
Na Ásia, destaque para as notícias de que o grupo Alibaba reduziu suas perspectivas de receitas - em meio ao acirramento da competição, redução dos gastos do consumidor e restrições regulatórias -, o que contribuiu para a queda das ações de ações de tecnologia e levou o índice Hang Seng a amargar perdas de 1,07%. As ações do Alibaba chegaram a cair quase 11%.
Em sentido contrário, subiram os índices Shangai (+1,13%) e Nikkei 225 (+0,50%). No caso deste último, foi ajudado pela expectativa de que o novo primeiro-ministro Fumio Kishida divulgará um pacote de estímulos maior que o esperado para estimular a economia japonesa, de até 79 trilhões de ienes (US$ 690 bilhões).
No radar
No Brasil:
- Receita Tributária Federal (14h30)
No exterior:
- Preços industriais (IPP) da Alemanha em outubro
- Vendas do varejo no Reino Unido
- Pronunciamentos de membros de bancos centrais, entre eles: Christine Lagarde (BCE), Jens Weidmann (Bundesbank), Richard Clarida (Fed), Huw Pill (BoE).
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-- Com informações de Bloomberg News