Dragoneer e General Atlantic compram participações na Arco

O chamado “private investment in public equity” será por meio de notas conversíveis com vencimento em sete anos

Ari de Sá Cavalcante Neto, fundador e CEO da Arco: injeção de capital pode ser usada para aquisições
Por Katie Roof
18 de Novembro, 2021 | 09:06 PM

Bloomberg — Dragoneer Investment e General Atlantic investiram US$ 150 milhões na Arco Platform, empresa de tecnologia educacional.

O chamado “private investment in public equity”, ou PIPE, será por meio de notas conversíveis com vencimento em sete anos, segundo comunicado visto pela Bloomberg News.

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As notas serão convertidas a um preço acordado de US$ 29 por ação, um prêmio de 68% em relação à cotação de US$ 17,30 da Arco no fechamento da quarta-feira. O preço representa um prêmio de 65% na comparação com a média ponderada do volume negociado nos últimos 30 dias, disseram as empresas.

Eric Jones, sócio da Dragoneer, disse que investiu na Arco porque a empresa é líder em um mercado educacional de rápido crescimento.

Jones espera que a Dragoneer faça outros investimentos estruturados como PIPEs e destacou que esse tipo de estratégia é “uma parte muito importante do que fazemos”.

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Ações em queda

A Arco levantou US$ 224 milhões com uma oferta pública inicial nos Estados Unidos em 2018. As ações são atualmente negociadas abaixo do preço do IPO, com queda acumulada de 57% nos últimos 12 meses, o que corresponde a um valor de mercado de US$ 996 milhões.

Ari de Sá Cavalcante Neto, fundador e CEO da Arco, disse que a injeção de capital da Dragoneer e da General Atlantic poderia ser usada para aquisições. O JPMorgan Chase assessorou a Arco na transação.

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“Vemos uma clara criação de valor decorrente dessas parcerias, pois vamos nos beneficiar da experiência de investimento global em empresas de alto crescimento, ao mesmo tempo em que aproveitamos um melhor perfil de financiamento para apoiar nossa estratégia de expansão”, disse o diretor-presidente da Arco em entrevista.

Em março, a Arco anunciou a aquisição de dois sistemas de ensino, COC e Dom Bosco, antes controlados pela Pearson Education do Brasil.

As deficiências do sistema educacional brasileiro criam uma demanda pela Arco, disse o executivo.

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“Não temos uma educação pública com a qualidade que merecemos, por isso as famílias colocam seus filhos em escolas particulares”, afirmou.

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