China: riscos do setor imobiliário da podem ser contidos, diz FMI

Fundo Monetário Internacional diz que país precisa intensificar o apoio fiscal à economia em desaceleração

Os riscos para a previsão do FMI de crescimento de 8% na China este ano e de 5,6% em 2022 “estão se acumulando”
Por Tom Hancock
19 de Novembro, 2021 | 11:47 AM

Bloomberg — A China deve ser capaz de limitar o impacto econômico das tensões financeiras enfrentadas por incorporadoras imobiliárias, mas precisa intensificar o apoio fiscal à economia em desaceleração, disse o Fundo Monetário Internacional.

Os riscos para a previsão do FMI de crescimento de 8% na China este ano e de 5,6% em 2022 “estão se acumulando” devido a fatores como “incerteza sobre a pandemia” e consumo fraco, disse o FMI em comunicado após a divulgação de uma pesquisa anual sobre a segunda maior economia.

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A expansão da China se desacelerou nos últimos meses para o ritmo mais lento desde 1990, em grande parte devido às restrições ao financiamento para incorporadoras. Mas o FMI avalia que o impacto econômico no mercado imobiliário, que levou incorporadoras como a China Evergrande à beira da recuperação judicial, será limitado.

Crescimento pode desacelerar em 2022

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Segundo o FMI, as autoridades têm as ferramentas para manter a crise sob controle, “então não há razão para que esse risco se amplie ou tenha ramificações no nível macro para a demanda e investimento habitacional”, disse Helge Berger, chefe da missão para a China e diretor-assistente do Departamento da Ásia e Pacífico, em entrevista à Bloomberg News.

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Os gastos públicos da China caíram este ano em relação a 2020, o que limitou o crescimento econômico, já que as autoridades focam em reduzir a dívida de governos locais. Além disso, os principais elementos da política monetária, como taxas de juros, permanecem inalterados desde o ano passado.

“A política fiscal, que tem sido significativamente contracionista neste ano, deve mudar temporariamente para uma posição neutra e se concentrar no fortalecimento da proteção social e na promoção de investimentos verdes”, disse Geoffrey Okamoto, vice-diretor-gerente do FMI.

Como a inflação ao consumidor está baixa e a economia ainda mostra “ociosidade significativa”, “a política monetária deve ser acomodatícia, o que também apoiará o esforço fiscal”, acrescentou.

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O FMI também pediu que a China aumente a distribuição de vacinas domésticas para outros países.

“A China pode ajudar a acabar com a crise pandêmica e garantir uma recuperação inclusiva e verde com a continuidade da distribuição de vacinas contra a Covid-19”, disse Okamoto. Relatórios detalhados da pesquisa do FMI na China serão divulgados posteriormente.

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