São Paulo — A Alliar, terceiro maior grupo de medicina diagnóstica do país, informou, na noite de ontem, que seus acionistas controladores vão decidir, até a próxima sexta-feira (26), se vendem ou não suas participações totais ou parciais para o empresário Nelson Tanure, que hoje detém 29% da companhia mineira.
Tanure oficializou, ontem, a proposta de comprar cada papel por R$ 20,50. Esse preço é 35% acima do valor de fechamento de ontem (R$ 15,17). Desde agosto, Tanure vem aumentando participação na empresa de Belo Horizonte, alvo do interesse de outras companhias do setor, como o grupo paulista Fleury e o carioca Rede D’Or.
Hoje estava prevista a realização de uma assembleia geral extraordinária, mas foi cancelada ontem à noite. A reunião do conselho de administração da Alliar tinha sido um pedido de Tanure como investidor relevante para pressionar a adesão dos acionistas à sua nova proposta de compra do controle. Antes, a oferta dele era pagar R$ 19 por papel, mas foi rejeitada.
Caso concretize a transação, isso marcará a entrada de Tanure no controle de uma companhia do setor de saúde, que atravessa, no segundo ano da pandemia da Covid-19, um processo de consolidação com diversas operações de M&A (fusões e aquisições). O investidor se tornou conhecido no mercado brasileiro por apostas de alto risco, assumindo empresas de mídia (Jornal do Brasil e Gazeta Mercantil) e infraestrutura (como Oi, PetroRio, Comex, Companhia Docas de Santos).
Leia também
Minério sobe com expectativa de alívio para setor imobiliário