Bloomberg — A Tesla pediu a um juiz que anulasse um veredito “ultrajante” de US$ 137 milhões a favor de um trabalhador terceirizado, que acusou a empresa de não protegê-lo do racismo explícito na fábrica em que trabalhava no norte da Califórnia e solicitou um novo julgamento.
A indenização de 4 de outubro concedida a Owen Diaz pelo juri no tribunal federal de São Francisco é considerada uma das maiores da história dos EUA para um requerente individual em um caso de discriminação racial.
A Tesla disse em um processo no Tribunal Distrital dos Estados Unidos, em São Francisco que, embora o júri acreditasse que a Tesla “poderia e deveria ter feito mais para erradicar o suposto racismo na fábrica”, a indenização “simplesmente não se aplica”.
“É uma indenização sem precedentes na lei antidiscriminação dos EUA. Ela supera indenizações pagas em casos semelhantes - e até nos mais flagrantes. E não tem nenhuma relação com as evidências reais apresentadas no julgamento”, disse a empresa no processo de 16 de novembro.
Um jurado do caso disse à Bloomberg News que a decisão do painel de conceder US$ 130 milhões em danos punitivos tinha como objetivo incitar os executivos da Tesla a “tomar as medidas preventivas e precauções mais básicas que eles deixaram de tomar como uma grande empresa para proteger qualquer funcionário em sua fábrica.”
A indenização punitiva está sujeita a ser cortada pela metade porque, com base nos precedentes legais, é desproporcionalmente alta em relação aos US$ 6,9 milhões que o júri concedeu a Diaz por estresse emocional, segundo o professor de direito da Universidade do Estado do Arizona, Michael Selmi.
“A Tesla abomina e condena o uso de calúnias raciais”, disseram os advogados da Tesla no processo. “Elas são profundamente ofensivas, totalmente inaceitáveis e não têm lugar nos espaços de trabalho da Tesla.”
Veja mais em bloomberg.com
Leia também
Mulheres executivas são melhores para o planeta, mostra estudo do BIS
Gosta de trabalho híbrido? Ele pode ampliar desigualdade de gênero