Mulheres executivas são melhores para o planeta, mostra estudo do BIS

Empresas com mais mulheres na gerência produzem menos carbono do que aquelas dominadas por homens

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Bloomberg — Empresas com mais mulheres na gerência produzem menos carbono do que aquelas dominadas por homens, segundo pesquisa publicada pelo Bank for International Settlements (BIS).

O estudo sugere um benefício na contratação de mulheres e na melhoria da diversidade de gênero da equipe, não apenas no nível do conselho, mas em toda a empresa.

A análise de 2.000 empresas de capital aberto em 24 economias avançadas entre 2009 e 2019 mostrou que um aumento de 1 ponto percentual na proporção de mulheres em cargos de gestão foi associado a uma redução de 0,5% nas emissões de carbono.

“Este efeito é robusto ao controlar as diferenças institucionais devido à cultura e religião”, disseram os pesquisadores Yener Altunbas, Leonardo Gambacorta, Alessio Reghezza e Giulio Velliscig. O BIS, que publicou o estudo, é uma instituição de supervisão dos bancos centrais do mundo com sede na Suíça.

Pesquisas anteriores sobre a ligação entre as mulheres nos conselhos e as emissões de carbono produziram “descobertas conflitantes”, disseram os autores. Eles olhavam para o nível do conselho na estrutura de gestão.

Agora, mostram que “as executivas são mais inclinadas a proteger o meio ambiente do que os homens”. Os gerentes são tão importantes para a abordagem climática de uma empresa quanto o conselho de administração, pois precisam “selecionar uma estratégia apropriada para atingir os objetivos”.

Para explicar as descobertas, eles citaram outros artigos acadêmicos que mostram que as mulheres são “mais propensas a considerar o bem-estar social geral sem focar estritamente nos interesses dos acionistas”.

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