Bloomberg Línea — O Brasil já acumula uma taxa percentual de pessoas totalmente vacinadas contra Covid maior do que os Estados Unidos. O país, que chegou a ser um dos epicentros da pandemia ao longo dos últimos meses, agora acumula 60% de sua população totalmente vacinada contra a doença, conforme dados atualizados no domingo (14), e avança nas doses de reforço.
A aderência cultural do brasileiro ao sistema de vacinação e a capilaridade do Sistema Único de Saúde (SUS) facilitaram o avanço da imunização no país, com profissionais da saúde buscando atender pacientes em domicílio em casos de dificuldades de locomoção e até mesmo usando barcos em locais mais distantes dos grandes centros.
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A baixa ocorrência de hesitação vacinal entre os brasileiros também favorece. O feito, no entanto, contrasta com a postura do presidente Jair Bolsonaro, que diz não ter se vacinado e não estimula a vacinação.
O Brasil havia ultrapassado os EUA em porcentagem de vacinados com a primeira dose no fim de agosto, quando cerca de 63% dos brasileiros já tinham recebido pelo menos uma dose, contra 62% das pessoas entre os americanos.
Nesta segunda-feira (15), o principal hospital referência de tratamento para Covid do Rio de Janeiro deu alta ao último paciente internado com a doença. O Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, Zona Norte da cidade, teve cerca de 10.800 pacientes com a doença só em 2021, segundo O Globo.
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O prefeito da cidade, Eduardo Paes, liberou o uso de máscara em locais abertos no fim de outubro, mas manteve a obrigatoriedade para os ambientes fechados e/ou com aglomeração. A cidade carioca também tem aderido ao passaporte da vacina desde o fim de setembro, o que tem sido criticado pelo presidente Bolsonaro. Para entrar em academias, teatros, cinemas e nos principais destinos turísticos do Rio, é necessário apresentar comprovante de vacinação contra a Covid.
E assim a imunização vai mostrando a que veio no país: No último dia 8 de novembro, o estado de São Paulo não registrou nenhuma morte causada pelo vírus. Foi a primeira vez que o número de óbitos da doença foi nulo desde o início da pandemia, em março de 2020.
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