Bloomberg Línea — Desde a última sexta-feira, a cidade de São Paulo respira novamente os ares de um grande prêmio de Fórmula 1. A corrida que acontece na tarde de hoje marca a retomada dos grandes eventos internacionais não apenas na capital paulista, mas no Estado como um todo, com alta movimentação de turistas e uma expectativa de movimentar a economia em R$ 810 milhões nos quatro dias de evento, já que amanhã, é feriado.
Mas a expectativa do governo é de cifras ainda maiores. “Em uma semana, o Grande Prêmio de Fórmula 1 vai deixar nos cofres da cidade e do Estado de São Paulo cerca de R$ 1 bilhão, além de gerar oito mil empregos temporários. É o evento com melhor custo benefício de todos aqueles que o governo e a prefeitura de São Paulo apoiam aqui na cidade”, disse o governador de São Paulo, João Doria.
Dos 150 mil espectadores que devem passar pelo Autódromo de Interlagos, pelo menos 115 mil são de não residentes da capital. Para tentar manter o controle sanitário, o protocolo contra a Covid estabelece o uso obrigatório de máscaras, apresentação do comprovante de vacinação com imunização completa ou um teste com resultado negativo. Os dados de vacinação divulgados pelo governo indicam que 90% da população adulta do Estado já está totalmente imunizada.
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Mas não é apenas no GP que o governo está mirando. No último dia 11 foi lançada uma campanha publicitária para atrair turistas para o Estado. A peça de 30 segundos será veiculada em redes sociais e na televisão até hoje e reforça a vacinação e a hospitalidade do Estado.
A estratégia tem em vista uma sequência de grandes eventos que ainda estão por vir. O Réveillon na Paulista está confirmado e sendo planejado. Os preparativos do carnaval de 2022, no fim de fevereiro, também estão em curso e os ingressos para o festival Lollapalooza, no fim de março, começam a ser vendidos em três dias.
Se para a Fórmula 1 não foi possível, a expectativa é que para os próximos grandes eventos de São Paulo o uso de máscara já não será mais obrigatório em lugares públicos. A prefeitura de São Paulo já informou que fará uma nova avaliação dos indicadores epidemiológicos no início de dezembro para liberar o uso da máscara e o governo do Estado também já sinalizou que pretende também retirar a obrigatoriedade.
“Nós temos vários eventos importantes. O Réveillon em São Paulo, agora teremos provavelmente já sem máscaras, dado a evolução da vacinação, redução de internação, redução de leitos de UTI e felizmente de óbitos. O carnaval deverá ter mais de 13 milhões de pessoas em 10 dias. Somado ao Réveillon, tudo isso vai realimentando o setor de serviços e comércio, a economia criativa, a gastronomia, a hotelaria e o turismo como um todo”, disse Doria.
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