Bloomberg Línea — As vendas no varejo brasileiro tiveram queda mensal de 1,3% em setembro, o segundo recuo consecutivo após quatro altas. No ano, o varejo acumula crescimento de 3,8% e nos últimos 12 meses, alta de 3,9%. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
- Entre as oito atividades pesquisadas, seis tiveram taxas negativas em setembro, com destaque para equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,6%), móveis e eletrodomésticos (-3,5%) e combustíveis e lubrificantes (-2,6%).
- A atividade de maior peso na formação da taxa de setembro foi hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,5%)
- Na comparação com setembro de 2020, o varejo caiu 5,5%
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Varejo ampliado
No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, veículos e materiais de construção, o volume de vendas caiu 1,1% em setembro, frente a agosto.
Os principais impactos foram de móveis e eletrodomésticos (-22,6%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-14,8%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-6,9%), combustíveis e lubrificantes (-4,0%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,7%), livros, jornais, revistas e papelaria (-3,4%) e tecidos, vestuário e calçados (-0,1%)
Inflação
Ontem, o IBGE também divulgou o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de outubro, que teve alta mensal de 1,25%, puxado pelos preços dos combustíveis, com destaque para a gasolina.
É o maior avanço para o mês desde outubro de 2002.
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados subiram em outubro, com destaque para os transportes (2,62%), principalmente, por conta dos combustíveis (3,21%). A gasolina subiu 3,10% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,19 p.p.).
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