Goldman Sachs: PIB fraco, inflação persistente e risco político na AL

Após forte recuperação, banco vê desaceleração do crescimento do PIB para 2% na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México e Peru em 2022 devido à inflação, juros mais altos e incerteza política

Após forte recuperação, banco vê desaceleração do crescimento do PIB para 2% na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México e Peru em 2022 devido à inflação, juros mais altos e incerteza política
Por Andrew Rosati
09 de Novembro, 2021 | 07:25 PM

Bloomberg — O Goldman Sachs prevê crescimento lento e inflação persistente na América Latina em 2022, mesmo diante da recuperação das maiores economias da região após a retração recorde provocada pela Covid-19.

“Olhando adiante, a pandemia deve ser menos crítica na definição do cenário macro”, disseram os economistas do Goldman Alberto Ramos, Sergio Armella e Daniel Moreno em nota de pesquisa publicada terça-feira. Segundo o banco, o crescimento fácil como resultado da recuperação, em grande medida, foi colhido.

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A Covid-19 matou centenas de milhares de pessoas na região e afetou grandes indústrias enquanto governos buscavam controlar os surtos e administrar vacinas. Agora, após forte recuperação e aumento da imunidade contra o coronavírus, o Goldman vê desaceleração do crescimento do PIB para 2% na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México e Peru em 2022 devido à rápida inflação, juros mais altos e incerteza política.

A região tem sido impactada pelo aumento dos preços ao consumidor, puxados pela crescente demanda por serviços e custos de energia, enquanto milhões tentam retornar às rotinas da pré-pandemia. Embora previsões apontem que os preços devam atingir um pico neste trimestre, a inflação “provavelmente não vai sair de cena até 2023”, escreveram os economistas, acrescentando que “um ambiente de crescimento modesto persistente e progresso socioeconômico lento aumentam o risco de cicatrizes sociais e políticas disruptivas”.

O aumento das expectativas de inflação e os riscos políticos e de políticas “devem levar bancos centrais a adotarem posturas de políticas neutras a restritivas”, escreveram.

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