Empresas no Reino Unido prometem vetar soja de áreas desmatadas

Desmatamento e a mudança no uso da terra como resultado da expansão agrícola respondem por 23% das emissões globais de gases de efeito estufa

O desmatamento e a mudança no uso da terra como resultado da expansão agrícola respondem por 23% das emissões globais de gases
Por Tatiana Freitas
09 de Novembro, 2021 | 06:27 PM

Bloomberg — Quase 30 empresas, como a rede de supermercados britânica J Sainsbury, a suíça Nestlé e a francesa Danone, estão apoiando uma iniciativa do Reino Unido para barrar exportações de soja de áreas desmatadas.

Um total de 27 empresas assinou o Manifesto da Soja do Reino Unido, um novo compromisso da indústria para garantir que os embarques físicos de soja para o país não sejam cultivados em áreas onde árvores foram cortadas ou a vegetação nativa convertida em terras agrícolas após janeiro de 2020. A iniciativa, lançada na terça-feira com o apoio da consultoria britânica Efeca, segue esforços semelhantes na Europa. O financiamento inicial foi fornecido pela rede de supermercados Tesco e pelo World Wildlife Fund.

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As empresas, que também incluem a unidade britânica da Pilgrim’s Pride, McDonald’s e KFC, respondem por 60% das importações de soja do Reino Unido, segundo comunicado publicado no site da Efeca. O consumo anual de soja britânico soma cerca de 3,5 milhões de toneladas. Os signatários também concordaram em divulgar publicamente os avanços e exigir que seus fornecedores adotem tais compromissos.

O desmatamento e a mudança no uso da terra como resultado da expansão agrícola respondem por 23% das emissões globais de gases de efeito estufa, e commodities como soja, carne bovina, óleo de palma e madeira são os principais impulsionadores globais, de acordo com o site da iniciativa.

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