Castor, startup mexicana de adiantamento de salário, levanta US$ 1,8 mi

Empresa com sede no México e nos Estados Unidos permite que os usuários acessem parte de seu pagamento com antecedência

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Miami — Nos últimos anos, muitas fintechs no México abordaram a inclusão financeira. Algumas, como Nubank, atendem aos mais carentes de serviços bancários, enquanto outras buscam parcelas da população que vivem situações financeiras complicadas.

Esse é o caso da Castor, startup de adiantamento de salário com sede no México e nos Estados Unidos que permite que os usuários acessem parte de seu pagamento com antecedência.

Hoje (9), a empresa está anunciando uma rodada de investimento semente (seed) de US$ 1,8 milhão coliderada pela Canary e pela Vast Ventures, com participação da First Check Ventures, Latitud Capital e outras.

O México tem cerca de 128 milhões de pessoas e cerca de 35 milhões possuem empregos formais – cerca de 27% da população, de acordo com Diego Villarreal, fundador e CEO da Castor. Para aqueles em situações financeiras complicadas, é difícil esperar o dia do pagamento.

Normalmente, em países como os EUA, a diferença na liquidez foi resolvida por meio do que é chamado de “payday loan”, no qual as empresas emprestam dinheiro ao funcionário e usam seu salário como garantia, mas depois cobram uma taxa pesada pelo empréstimo. Embora a abordagem seja conveniente, não é econômica para o tomador.

É aí que entra a Castor.

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Como a Castor funciona

A empresa, que atua no México, começou com um programa piloto em julho de 2021, no qual fez parceria com oito companhias e seus funcionários. A Castor dá aos usuários acesso a 50% de sua renda e cobra uma taxa de intercâmbio de 1% a 2% dos comerciantes que aceitam seus cartões.

Diferentemente da maioria das empresas de cartão de crédito, “não temos que cobrar altas taxas de juros para compensar pelos inadimplentes”, afirmou Villarreal.

A empresa tem atualmente cerca de 300 usuários e está em fase de pré-faturamento. O salário médio de seus usuários está entre 15 a 30 mil pesos mexicanos (cerca de US$ 750 a US$ 1,5 mil) por mês, “então são assistentes executivos e funcionários de back office”, disse Villarreal.

A empresa tem 25 funcionários em tempo integral e se prepara para o lançamento completo em dezembro de 2021, quando também vai lançar o cartão Castor, que poderá ser usado como cartão de débito. Para o piloto, a empresa tem feito as coisas manualmente no back-end.

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Até agora, a captação de clientes tem sido por meio de B2B2C, mas em dezembro, a empresa testará uma abordagem direta ao consumidor, na qual abrirão os serviços da Castor para qualquer pessoa com emprego formal, independentemente da empresa para a qual trabalham. Villarreal afirmou que introduziria essa abordagem por meio de uma lista de espera – forma semelhante a como outras fintechs abordam o lançamento de novos produtos.

Concorrência

Uma empresa que busca um segmento de mercado semelhante no México é a minu, outra startup de adiantamento de salário que levantou um capital mais significativo – US$ 20,5 milhões até o momento – e que foi lançada há cerca de dois anos, segundo a Pitchbook.

A minu também aborda o problema por meio de um modelo B2B2C, mas em vez de cobrar uma taxa de intercâmbio dos comerciantes, ela cobra US$ 2 por saque.

“A Castor tem um produto projetado para trabalhadores, e estamos experimentando diferentes maneiras de chegar até eles”, disse Villarreal.

Errata: Uma versão anterior desta matéria afirmava que a Castor cobrava uma taxa de processamento de 1-2% dos usuários, mas essa informação estava incorreta. A Castor não cobra nada dos usuários.


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