Carrefour vai investir US$ 3,5 bilhões para expandir e-commerce

Expansão digital pode adicionar 600 milhões de euros ao lucro operacional em cinco anos, disse a varejista

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Bloomberg — O Carrefour anunciou um plano de investimento de 3 bilhões de euros (US$ 3,5 bilhões) em comércio eletrônico e disse que pretende triplicar o valor dos produtos vendidos online até 2026.

O valor bruto das mercadorias vendidas online deve chegar a 10 bilhões de euros, e a expansão digital pode adicionar 600 milhões de euros ao lucro operacional em cinco anos, disse a varejista na terça-feira. A empresa tem expandido as operações em publicidade e serviços financeiros, bem como a venda de produtos por Internet.

O plano aumenta os gastos com e-commerce e serviços digitais em 50% em relação aos anos anteriores.

O CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, busca melhorar os resultados da rede de supermercados francesa. Neste ano, as duas tentativas da varejista para transformar o negócio fracassaram: primeiro com a canadense Alimentation Couche-Tard e depois com a rival francesa Auchan.

Varejistas estão cada vez mais sob pressão para oferecer o melhor serviço a clientes que desejam que seus pedidos sejam entregues rapidamente. O Carrefour comprou uma participação minoritária na Cajoo, que faz entregas em menos de 15 minutos. A rede de supermercados francesa também fechou uma parceria com a Uber Technologies para oferecer entregas rápidas a partir de nove centros de microatendimento em Paris.

Veja mais: Carrefour mais uma vez esbarra em desafios para consolidação

A empresa trabalha em um plano estratégico cujos detalhes serão revelados no ano que vem. Em julho, Bompard disse a analistas que serviços digitais e comércio eletrônico seriam centrais para este plano.

A França é um mercado disputado, com pelo menos seis grandes players nacionais, além das redes de descontos alemãs Lidl e Aldi e novas empresas com foco online. Isso tornou a França altamente competitiva em termos de preço, e as margens de lucro são mínimas.

As ações do Carrefour acumulam alta de cerca de 9% este ano. Os papéis se desvalorizaram em torno de 25% desde que Bompard assumiu o comando em meados de 2017.

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