Bloomberg — Para Vikram Pandit, presidente do conselho da Orogen Group e ex-CEO do Citigroup, todas as grandes instituições financeiras em breve irão considerar a negociação de criptomoedas.
Em “um a três anos, todo grande banco ou corretora de valores vai pensar ativamente: ‘Eu também não deveria estar negociando e vendendo ativos de criptomoedas?’”, disse Pandit no evento Singapore Fintech Festival. Pandit, que comandou o Citi durante a crise financeira, cofundou a empresa de investimentos Orogen em 2016.
Depois de ignorar as moedas digitais por anos, alguns gigantes de Wall Street abraçam a ideia. JPMorgan Chase e Bank of America estão entre os bancos dos EUA contratando no setor cripto em meio à maior demanda por moedas virtuais. O Goldman Sachs começou a negociar futuros de criptomoedas e, na semana passada, o Commonwealth Bank of Australia disse que vai oferecer aos clientes a possibilidade de comprar, vender e manter ativos cripto.
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Pandit também tem investido em empresas de criptomoedas, incluindo a Coinbase e Alchemy Insights.
‘Grande esperança’
“Minha grande esperança é que autoridades monetárias ao redor do mundo entendam os benefícios de uma moeda digital de bancos centrais e passem a adotá-las”, disse Pandit. Circular dinheiro ao redor do mundo enquanto se tenta modernizar um sistema bancário baseado em papel é “complicado” e cria muitos custos, disse.
A popularidade das criptomoedas levou bancos centrais a explorarem moedas digitais. El Salvador se tornou o primeiro país a oficializar o bitcoin em setembro, enquanto nações como Nigéria lançaram versões digitais de dinheiro.
Uma rede entre várias moedas digitais de bancos centrais poderia criar eficiências na casa de dezenas de bilhões de dólares e beneficiar todos os participantes, de acordo com relatório recente da consultoria Oliver Wyman e do JPMorgan.
A visão de Pandit de um futuro não muito distante é “uma moeda digital de bancos centrais, que está disponível para você e para mim, e todos os outros participantes do varejo no mundo todo”.
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