São Paulo — Principal concorrente da Smart Fit, a rede de academias de ginástica Bluefit levantou R$ 50 milhões para pagar e alongar dívida e também para abrir novas unidades. A captação foi feita por meio de uma segunda emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, com esforços restritos (sob os termos da Instrução CVM 476).
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Em comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) na noite de ontem (5), a companhia informou que os títulos de dívida privada vão pagar uma remuneração anual equivalente a 100% da variação acumulada das taxas médias diárias dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) mais um juro de 3,75% pelo prazo de cinco anos, sendo paga mensalmente no dia 25 de cada mês.
A Bluefit engavetou seu plano de oferta inicial de ações (IPO) em setembro, citando as condições de volatilidade no mercado de capitais. A B3 chegou a marcar a estreia das ações da rede de academias para o dia 28 de setembro. Um dia antes, a companhia confirmou o adiamento da conclusão do seu IPO informando que pediu à CVM um prazo de até 60 dias úteis (contagem iniciada no dia 24 de setembro) para retomar a operação.
A rede de academias chegou a aceitar fixar o preço de seu papel abaixo da faixa indicativa (R$ 12,25 e R$ 15,25), definida no prospecto da operação, mas os grandes investidores interessados pressionaram por um valor abaixo do patamar de R$ 10, levando a empresa a suspender o IPO. A XP liderou a coordenação da oferta da Bluefit.
Low cost
Fundada em 2015 em Santo André, na Grande São Paulo, a Bluefit (até 2016, adotava a marca Health Place) informou, no prospecto do IP, ter 102 academias em operação, sendo 61 unidades próprias e 41 franquias, em 15 estados, além do Distrito Federal, em mais de 50 cidades nas cinco regiões do país. A empresa disse que seu capital social soma R$ 67,021 milhões.
“Acreditamos ser uma das líderes do mercado fitness no Brasil, somos a segunda maior rede de academias low cost do país, e apresentamos uma expressiva taxa de crescimento em números de academias, passando de 7 unidades em 2016 para 102 unidades em operação”, informou no prospecto preliminar.
Caso consiga retomar seu IPO neste ano com sucesso, a Bluefit será a segunda companhia do segmento fitness a abrir capital na Bolsa.
México
A Smart Fit estreou no pregão da B3 no dia 14 de julho e planeja sua expansão fora do Brasil.
No último dia 28 de outubro, a maior rede de academias do país informou que sua subsidiária no México, a LATAMGYM, fez uma subscrição privada de 11,900 milhões de ações do Grupo Sports World, o que representa 10,92% do capital, por 77,350 milhões de pesos mexicanos, o equivalente a R$ 20,985 milhões.”A subscrição se insere na estratégia da companhia de ampliar sua presença no México”, disse.
Na próxima quarta-feira (10), após o fechamento da Bolsa, a Smart Fit divulga seu resultado financeiro do terceiro trimestre. A rede de academias reportou um prejuízo de R$ 161,2 milhões no segundo trimestre. . A redede academias reportou um prejuízo de R$ 161,2 milhõ es no segundo trimestre. indicadores operacionais e considerou setembro como o quarto mês consecutivo de retomada do segmento fitness.
As vendas da Smart Fit cresceram 7% em relação a agosto, marcando a melhor performance desde o início da pandemia da Covid-19, em março do ano passado. A companhia terminou setembro com 1.009 academias abertas e 2,332 milhões de clientes de suas três marcas (Smart Fit, Bio Ritmo e 02), além de 11 unidades de microgyms (micro academias, que oferecem aulas rápidas e específicas, sem necessidade de plano fixo). O dado inclui unidades próprias (781) e franquias (228) espalhadas pelo Brasil, México e outros países da América Latina.
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