Bloomberg — O presidente da Colômbia, Iván Duque, pediu uma abordagem cautelosa para um maior aperto monetário depois que o banco central do país acelerou o ritmo de aumentos da taxa de juros no mês passado.
Em entrevista em Dubai, o líder de 45 anos disse que a autoridade monetária está sendo “muito responsável”, mas alertou sobre a necessidade de equilíbrio para apoiar a recuperação econômica do país.
“Não quero interferir na independência do banco central, mas, se você me perguntar, acho que, com a intervenção que já foi feita, temos que esperar um pouco para ver como a inflação reage”, disse Duque à margem da Expo 2020.
A Colômbia, o terceiro país mais populoso da América Latina, enfrenta turbulências no mercado este ano. O peso acumula baixa de 11%, o quarto pior desempenho entre as principais moedas globais, enquanto Fitch Ratings e S&P Global Ratings rebaixaram a nota de crédito do país para grau especulativo, ou junk, no início deste ano.
Duque, advogado formado nos Estados Unidos, considerou essas ações “prematuras”, dizendo que “o mercado realmente vê a Colômbia como um país com grau de investimento”. Ele não acha que o peso se desvalorizou muito e projeta que a moeda seja negociada entre 3.700 e 3.800 por dólar nos próximos meses.
O Ministério da Fazenda do país acaba de elevar a previsão de crescimento econômico de 6% para 8,5% este ano, segundo o presidente colombiano. Ele disse que a alta do petróleo, principal produto de exportação do país, também apoia a recuperação.
A Colômbia cumpriu as demandas de financiamento para 2021 e vai avaliar acessar os mercados de capital internacionais novamente nos próximos meses para começar o pré-financiamento no próximo ano, disse Duque.
“Definitivamente, vamos tentar fazer isso, porque é responsável”, disse.
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