BrasilAgro alavanca lucro com preços elevados de soja e algodão

Resultado cresce 43% no período com a forte valorização das commodities agrícolas no mercado internacional. Empresa já projeta aumenta da produção na próxima safra

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Bloomberg Línea — Os preços elevados das commodities agrícolas no mercado internacional foram fundamentais para o resultado da BrasilAgro no primeiro trimestre de seu ano fiscal de 2022. A empresa que atua na compra, desenvolvimento e posterior venda de terras agrícolas, apresentou um lucro líquido de R$ 107,8 milhões no período entre julho e agosto deste ano. O resultado representa um crescimento de 43% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Soja, cana-de-açúcar e algodão foram os produtos que trouxeram os melhores resultados no período. A venda do grão rendeu à empresa R$ 136 milhões, mais do que o dobro da receita registrada no mesmo período do ano passado. No caso da cana, a receita obtida foi ainda maior, R$ 177,12 milhões (+81,3%). Mesmo com um valor absoluto menor, de R$ 8,9 milhões, as vendas de algodão tiveram um crescimento de 447% sobre os R$ 1,62 milhões do mesmo período de 2020.

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O desempenho do trimestre contempla apenas os resultados das atividades agrícolas e pecuárias. Apesar de a empresa ter anunciado a venda da Fazenda Alto Taquari, em Mato Grosso, por R$ 589 milhões, o maior negócio da história da empresa, e outros 4.573 hectares da Fazenda Rio do Meio, em Correntina (BA), por R$ 130,1 milhões, os valores serão contabilizados apenas no próximo trimestre.

Atualmente, a BrasilAgro possui 18 fazendas, das quais duas na Colômbia, que totalizam 267 mil hectares, dos quais 194,7 mil considerados úteis para produção agropecuária. O portfólio de propriedades em 31 de julho teve seu valor de mercado avaliado em R$ 3,3 bilhões, o que representa uma valorização de 75% em comparação ao ano anterior.

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Com o plantio da soja, milho e feijão já iniciado, a BrasilAgro projeta para a safra 2021/22 uma produção total de 398,5 mil toneladas de grãos, 38,6% a mais do que na safra passada. Desse total, 49,3% será de soja, 44,6% de milho, 4,1% de algodão e os outros 2% de feijão. No caso da cana, a colheita da safra 2021 já caminha para o fim. Com 26,8 mil hectares cultivados, 7% a mais que na safra passada, a expectativa é de uma produção final de 2,24 milhões de toneladas, praticamente o mesmo volume de 2020.

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