Bloomberg — A Opep e aliados decidiram manter o lento ritmo de aumento da produção de petróleo, ignorando o pedido do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para acelerar a reposição de barris.
Após uma breve reunião nesta quinta-feira (4), o grupo aprovou um aumento da produção de 400 mil barris por dia para dezembro, segundo delegados. É um ritmo que os maiores consumidores dizem ser lento demais para sustentar a recuperação econômica pós-Covid. O governo dos EUA pediu o dobro desse volume.
O cartel agora pode enfrentar uma dura disputa com a Casa Branca em meio a crescentes expectativas de que os EUA poderiam acessar os estoques de petróleo de emergência em uma tentativa de baixar os preços.
O que acontecer nas próximas semanas terá implicações importantes para a economia global, afetada pelos altos preços da energia, e para a agenda política doméstica de Biden, cuja popularidade mergulha com o salto da inflação. O confronto também pressiona ainda mais a relação cada vez mais frágil dos EUA com seu mais forte aliado no Oriente Médio, a Arábia Saudita.
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Ainda pode haver espaço para o grupo acelerar o ritmo de aumento da oferta, mesmo dentro das restrições do acordo fechado hoje. Nos últimos meses, a Opep+ tem falhado consistentemente em atingir as próprias metas devido a problemas de produção em membros como Nigéria e Angola.
Outros países, como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, têm capacidade suficiente para compensar a diferença, embora o acordo desta quinta não tenha detalhado nenhum mecanismo para isso, segundo delegados, que não quiseram ser identificados.
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