Bloomberg — Os contratos futuros na China para a soja não geneticamente modificada subiram para o maior nível intradiário desde o início de março. O milho está na cotação mais alta desde junho.
A soja não transgênica, usada em produtos alimentícios como tofu em vez de ração, subiu mais de 9% este ano, enquanto os contratos futuros do milho mostram queda de 3% no período. Um fator que explica essa diferença é que agricultores preferiram plantar milho em vez de soja em meados do ano, enquanto o governo buscava aumentar a produção de grãos usados em rações e reduzir as importações. Além disso, a propagação da Covid-19 e o potencial impacto na colheita, transporte e processamento de grãos também podem estar influenciando os preços.
“Os casos em Heilongjiang poderiam interferir na logística do milho e da soja na região, e as infecções em Shandong continuariam a pesar sobre esse hub de esmagamento de soja”, disse em relatório Darin Friedrichs, analista sênior de commodities para Ásia da StoneX em Xangai, em referência a duas províncias chinesas.
A China deve continuar a ter preços muito altos para a soja não transgênica usada em alimentos e ser uma forte compradora nos próximos 12 meses, disse Friedrichs em outra nota. O país já é o maior importador mundial de soja geneticamente modificada, que é esmagada para produzir farelo e óleo comestível, além de milho processado para adoçantes e ração.
Enquanto isso, os futuros do farelo de soja produzido a partir de grãos geneticamente modificados importados caíram para a cotação mais baixa este ano. A margem de esmagamento do grão tem sido sustentada pelos preços do óleo de soja, que recentemente atingiram o maior nível em uma década.
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