Dona do TikTok limita expediente na China a nove horas por dia

Funcionários devem trabalhar apenas das 10h às 19h de segunda à sexta e precisarão pedir permissão para ficar além dessas horas

TikTok
Por Zheping Huang
01 de Novembro, 2021 | 11:28 AM

Bloomberg — A ByteDance ordenou que seus funcionários terminem o expediente às 19h, tornando-se uma das primeiras empresas de tecnologia na China a oficialmente impor redução da jornada de trabalho.

Os funcionários na China devem trabalhar apenas das 10h às 19h de segunda à sexta e precisarão pedir permissão para ficar além dessas horas com pelo menos um dia de antecedência, de acordo com documento interno visto pela Bloomberg News. Um representante da proprietária do TikTok e da Douyin não quis comentar.

O ritmo de trabalho extenuante do país – conhecido como “996” porque os funcionários costumam trabalhar das 9h às 21h seis dias por semana – foi celebrado por bilionários de tecnologia de Jack Ma do Grupo Alibaba Holding ao fundador da JD.com, Richard Liu. A jornada de trabalho está sob avaliação em meio a mortes associadas ao excesso de trabalho e um coro crescente de reclamações nas redes sociais. Com o presidente Xi Jinping chamando o país para trabalhar em prol da “prosperidade comum”, as autoridades intensificaram avisos contra empregadores para abster-se de horas extras injustificadas e outras violações.

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Com a nova política, os funcionários não podem solicitar para trabalhar mais do que 3 horas extras em um dia de semana ou 8 horas em um fim de semana, de acordo com o documento. Eles receberão uma compensação extra de até três vezes seu salário normal pelo tempo a mais.

A nova política é o esforço mais recente da ByteDance para melhorar o bem-estar do trabalhador. No início deste ano, a gigante da mídia social, assim como a rival Kuaishou Technology, cancelou um sistema alternativo no qual os funcionários tiravam apenas um dia de folga por semana a cada duas semanas.

Uma breve campanha realizada no mês passado reuniu alguns trabalhadores do setor privado, incluindo os da ByteDance, para compartilhar suas horas de trabalho em protesto contra a cultura de trabalho excessiva do país.

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