Bloomberg — O Brasil vai assinar o Global Methane Pledge (GMP), afirmou o Ministério de Relações Exteriores por meio de um tuíte. O país, que é o segundo maior emissor depois dos Estados Unidos, assumirá o compromisso de reduzir em 30% a liberação do gás até 2030.
A adesão representa uma mudança na postura do Brasil, que historicamente tem favorecido medidas para tratar todos os gases em vez de iniciativas específicas. O país há muito argumenta que os combustíveis fósseis são a principal causa das mudanças climáticas, enquanto as emissões de metano vêm do agronegócio, principalmente da pecuária.
A promessa, assinada por cerca de 80 nações até agora, visa reduzir um dos gases de efeito estufa mais poderosos. Se cumprido, o pacto deve reduzir o aquecimento em 0,2 graus Celsius até meados do século.
O GMP, desenvolvido pela União Europeia e os EUA, representa o primeiro compromisso político global para reduzir a emissão de metano, em meio a advertências cada vez mais urgentes de que as reduções de gases de efeito estufa são essenciais para diminuir o aquecimento global e evitar efeitos que retroalimentam as mudanças climáticas.
Os países que assinam o compromisso se comprometem a trabalhar juntos em direção a uma meta coletiva de redução, até 2030, das emissões globais em pelo menos 30% abaixo dos níveis de 2020. Também se comprometem a implementar ações relacionadas a esse esforço global.
Na noite de segunda-feira, China e Rússia, outros dois maiores emissores de metano, não haviam assinado o compromisso.
O metano vem ganhando destaque cada vez mais por causa de sua potência como gás de efeito estufa, mas também porque se degrada na atmosfera em cerca de duas décadas, o que significa que as reduções agora podem ter um grande impacto em curto prazo no aumento de temperatura. A maioria dos vazamentos de metano da indústria do petróleo também pode ser contida com a tecnologia existente.
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