Bloomberg — Bares em todo o mundo acabaram de começar a receber clientes após o fim das restrições da pandemia, mas os fãs dos coquetéis Aperol Spritz e Negroni vão receber más notícias: sua bebida favorita pode ficar mais cara.
O CEO da Campari, Bob Kunze-Concewitz, diz que a fabricante italiana de bebidas deve se tornar “mais agressiva” nos preços daqui para frente, pois está sentindo o peso dos custos de logística mais altos e das interrupções na cadeia de suprimentos.
“Temos que responder à altura porque as pressões realmente aumentaram”, disse o CEO em entrevista com Francine Lacqua na Bloomberg Television na sexta-feira (29). Os aumentos de preços ocorrerão em todas as regiões e em todas as marcas, embora “possa variar, não será uma mudança uniforme”, disse.
Veja mais: Brasileiro bebe mais cerveja e lucro da Ambev cresce acima do esperado
A Campari continua se beneficiando do que Kunze-Concewitz chama de “revanche de convívio” (o sentimento de necessidade extrema que as pessoas têm de se encontrar com seus parentes e amigos após meses de um frustrante lockdown), já que os bares e restaurantes estão lotados desde a reabertura. Também é uma sorte ter acesso a matérias-primas como açúcar, garrafas, embalagens e álcool. Mas o lado bom acaba por aí, diz o CEO.
“Há tensões na frente de logística, principalmente no transporte marítimo de mercadorias”, disse.
Veja mais em bloomberg.com
Leia também
‘Apagão’ de insumos coloca em risco safra agrícola do Brasil