Bloomberg — A Wharton School da Universidade da Pensilvânia, uma das principais escolas de administração dos Estados Unidos, planeja aceitar criptomoedas no pagamento das mensalidades de seu curso online de blockchain e ativos digitais.
O novo programa de educação executiva da instituição da Ivy League aceitará moedas como Bitcoin como forma de pagamento. Com início previsto para janeiro, o curso online oferecido pela escola com sede na Filadélfia custa US$ 3.800 e deve atrair vários milhares de alunos por ano.
“É um programa sobre blockchain e ativos digitais, sentimos que deveríamos ser coerentes e praticar o que ensinamos”, disse em entrevista Guido Molinari, sócio-gerente do Prysm Group, que está trabalhando com a Wharton na elaboração do currículo do curso. A Wharton usará a Coinbase Global, a maior exchange de criptomoedas dos Estados Unidos, para aceitar pagamentos de ativos digitais.
Ao longo dos anos, houve muitos experimentos universitários com criptomoedas: o Massachusetts Institute of Technology distribuiu o famoso Bitcoin a seus alunos, em 2014. Outras faculdades começaram a permitir que os alunos usassem criptomoeda para pagar as mensalidades.
Em maio, a Universidade da Pensilvânia recebeu o maior presente em forma de criptomoeda de sua história, US$ 5 milhões de um doador anônimo.
A Wharton também tem muitos ex-alunos notáveis ativamente envolvidos no ecossistema de criptomoedas. O CEO da Tesla, Elon Musk, que se formou em 1997, pressionou a empresa, assim como sua SpaceX, a comprar Bitcoin para o tesouro corporativo. Ele também foi um impulsionador de oscilações violentas de preços nas chamadas moedas meme, como a Dogecoin, e foi fundamental para impulsionar a conversa sobre a redução do impacto ambiental da mineração de Bitcoin.
Arthur Hayes, que iniciou a bolsa BitMex, pioneira em contratos futuros perpétuos de Bitcoin, também se formou na Wharton. Ele enfrenta acusações de que não conseguiu evitar que a bolsa fosse usada para lavagem de dinheiro por criminosos.
Kevin Werbach, que será o principal professor do curso de educação executiva, ensina os fundamentos de blockchain e criptomoeda na escola desde 2018. O novo curso vai além do básico, como valorizar ativos digitais, regulamentos e políticas, além de examinar vários estudos de caso.
“A Coinbase tem 68 milhões de usuários verificados, qualquer um desses usuários poderá se beneficiar deste programa”, disse Molinari.
A escola não tem outros planos para aceitar criptomoedas.
Veja mais em Bloomberg.com
Leia também
Shiba Inu bate recorde; petição da Robinhood ultrapassa 300 mil assinaturas