Bloomberg — Clientes ricos do UBS têm evitado ativos de risco enquanto buscam maneiras de proteger suas fortunas contra a inflação acelerada, disse o diretor-presidente do banco, Ralph Hamers.
“Vemos a atitude dos investidores um pouco cuidadosa em torno dos números da inflação”, disse Hamers em entrevista à Bloomberg TV. “Eles buscam conselhos: ‘Qual a melhor forma de proteger meu patrimônio contra a inflação futura?’”.
Os preços da energia, das matérias-primas e dos transportes aumentaram com a reabertura das economias e cadeias de suprimentos sob pressão. Hamers disse que compartilha a visão de que a inflação vai perder força a partir de meados do ano que vem, com a normalização das cadeias de abastecimento e migração dos gastos dos consumidores de produtos para serviços.
Taxas de juros mais altas têm sustentado a unidade de empréstimos do UBS, embora também sejam um obstáculo para os mercados acionários, disse o executivo. No geral, as mudanças das condições do mercado são positivas para o UBS, afirmou, porque levam os clientes a negociar.
“Não vejo excessos” nos mercados, disse Hamers na entrevista. “Mas isso também é devido ao ambiente de juros. Claramente, um aumento das taxas terá algum efeito sobre os preços dos ativos.”
Na terça-feira, o UBS, com sede em Zurique, divulgou resultados do terceiro trimestre que superaram as expectativas na maioria dos indicadores-chave, como o lucro antes dos impostos do banco de investimento, que foi quase o dobro do que analistas previam. Na divisão de gestão de patrimônio, o aumento da atividade de clientes elevou em 23% a receita recorrente com tarifas e resultou em quase US$ 19 bilhões em ativos geradores de novas comissões.
Veja mais em bloomberg.com
©2021 Bloomberg L.P.