Barcelona, Espanha — A semana promete agitação no mercado financeiro. Além de dados macroeconômicos dos Estados Unidos e da Europa, gigantes da tecnologia divulgam seus balanços e bancos centrais se reúnem para discutir suas próximas investidas em política monetária. Na manhã de hoje, as bolsas europeias e os futuros de ações em Nova York registravam acréscimos.
Na lista de importância para as operações em bolsa, lidera a divulgação de resultados financeiros. Nesta semana conheceremos os números de pesos-pesados, muitas delas do setor tecnológico, como Facebook, Apple, Amazon, Microsoft, Alphabet (Google), Twitter e Samsung Electronics, para citar alguns. A expectativa geral é positiva: estima-se que, até agora, mais de 80% dos balanços divulgados nos EUA bateram as projeções dos analistas.
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As reuniões programadas para esta semana por bancos centrais de importantes economias são amplamente esperadas, dada a persistência da inflação e os riscos macroeconômicos impostos pelos gargalos das cadeias de abastecimento.
- Na quinta, o Banco Central Europeu (BCE) debate sobre o futuro de suas taxas de juros e arbitra sobre sua estratégia para reduzir o programa de estímulo econômico em curso, que se dá via recompra de títulos. A expectativa por conhecer as investidas dos bancos centrais é grande, já que a inflação em alta, a crise energética e os problemas nas cadeiras de abastecimento pintam um cenário um pouco turvo para as economias mundiais.
- O Banco Central do Japão se encontra no mesmo dia.
- Na sexta-feira (22), o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizou que a inflação pode ficar mais alta por mais tempo, deixando claro que o banco central começará a reduzir suas compras de títulos em breve, mas permanecerá paciente com o aumento das taxas de juros.
Não bastassem a pilha de balanços e as decisões de política monetária, estão previstos importantes termômetros econômicos:
- Do lado dos Estados Unidos há o PIB, pedidos iniciais de seguro-desemprego e estoques de atacado. Da Europa chegam dados sobre PIB e inflação.
No Japão, a bolsa fechou no vermelho, enquanto na China terminou em alta. O banco central chinês lançou mão de mais uma injeção de liquidez diária. Além disso, investidores avaliavam o plano de Pequim de expandir os ensaios para um imposto sobre a propriedade em todo o país. Analistas, incluindo o Citigroup Inc., disseram que a proposta - especialmente os cronogramas de cinco anos - sinalizava uma abordagem cautelosa para colocar um novo aperto no setor crucial do setor imobiliário, de acordo com a Bloomberg.
Também no radar dos mercados:
- Os investidores estão monitorando um surto da variante do vírus delta na China que deve piorar, bem como os desafios econômicos mais amplos de uma desaceleração do setor imobiliário e restrições regulatórias no país asiático.
- A lira turca recua desabou após as ameaças no fim de semana do presidente Recep Tayyip Erdogan de expulsar embaixadores de 10 países estrangeiros, incluindo os dos EUA, da Alemanha e da França.
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Agenda cheia esta semana:
- Segunda-feira:
- Dados: Indicador Ifo de clima empresarial da Alemanha (outubro), índice de atividade do Fed de Chicago (setembro), atividade manufatureira do Fed de Dallas (outubro).
- Bancos centrais: discurso de Silvana Tenreyro do Banco da Inglaterra
- Resultados: Facebook, HSBC
- Terça-feira
- Dados: venda de casas novas nos EUA (setembro), confiança do consumidor dos EUA (setembro), índice manufatureiro do Fed de Richmond
- Bancos central: discurso de Francois Villeroy do BCE
- Resultados: Microsoft, Alphabet, Visa, Eli Lilly, Novartis, Texas Instruments, UPS, General Electric, UBS, Twitter
- Quarta-feira
- CPI da Austrália, quarta-feira; estoques de atacado preliminares dos EUA (setembro), bens duráveis dos EUA; confiança do consumidor GfK na Alemanha (novembro); confiança do consumidor da França (outubro)
- Resultados: Thermo Fisher Scientific, Coca-Cola, McDonald’s, Boeing, General Motors, Santander, Ford
- Quinta-feira
- Decisão de política monetária do Banco do Japão, briefing; decisão do BCE sobre as taxas, briefing da presidente Christine Lagarde; PIB dos EUA, pedidos iniciais de auxílio-desemprego; taxa de desemprego na Alemanha (outubro), confiança do consumidor na zona do euro (outubro); vendas ao varejo no Japão (setembro)
- Balanços: Apple, Amazon, Mastercard, Comcast, Merck, Royal Dutch Shell, Linde, Volkswagen, Starbucks, Sanofi, Caterpillar, Lloyds Banking Group, Samsung
- Sexta-feira
- Reunião conjunta de ministros de finanças e saúde do G-20 antes da cúpula dos líderes no fim de semana; taxa de desemprego no Japão (setembro), produção industrial preliminar de setembro e PIB preliminar do terceiro trimestre na zona do euro, Alemanha, França e Itália; IPC preliminar de outubro da zona do euro; gastos pessoais de setembro nos EUA.
- Balanços: ExxonMobil, Chevron, AbbVie, Charter Communications, Daimler, BNP Paribas, Aon, NatWest Group
As bolsas na Europa se comportavam assim na manhã de hoje:
- o Stoxx 600 Europe Index subia 0,15%, aos 472 pontos às 12h CEST (7h no horário de Brasília)
- o alemão DAX tinha valorização de 0,39%, para 15.603 pontos
- em Paris, o CAC 40 ganhava 0,03%, para 6.735 pontos
- o londrino FTSE 100 avançava 0,55%, aos 7.244 pontos
- o IBEX 35 valorizava-se 0,42%, aos 8.944 pontos
Futuros de ações nos EUA
- o S&P 500 futuro avançava 0,13%, aos 4.542 pontos às 12h CEST (7h no horário de Brasília)
- os contratos indexados ao índice Dow Jones subiam 0,04%, aos 35.573 pontos
- os contratos futuros indexados ao índice Nasdaq subiam 0,26%, para 15.380 pontos
Confira o comportamento de outros mercados na manhã de hoje:
Petróleo
- em Nova York, os contratos futuros de petróleo ganhavam 0,93%, para US$ 84,52 por barril, às 12h CEST (7h no horário de Brasília)
Ouro
- o ouro futuro avançava 0,21%, para US$ 1.800 a onça troy
Moedas
- o euro tinha 0,21% de depreciação, cotado a US$ 1,1622
- já o iene japonês avançava 0,15%, para US$ 113,67
- a libra esterlinha ganhava 0,06%, para US$ 1,3766
Cripto
- o bitcoin agora ganhava 2,50%, para US$ 62,652 mil.
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-- Com informações de Bloomberg News