Bancos globais pedem alívio das restrições de Covid em Hong Kong

Alerta coincide com a reabertura de outros centros financeiros como Singapura, Londres e Nova York, que têm flexibilizado regras para viagens enquanto procuram conviver com o coronavírus

Bancos globais pedem alívio das restrições de Covid
Por Cathy Chan
25 de Outubro, 2021 | 07:33 PM

Bloomberg — O setor financeiro aumenta a pressão sobre Hong Kong para aliviar as rigorosas regras de quarentena e abandonar a política de Covid zero, depois que uma pesquisa revelou que quase metade dos maiores bancos internacionais e gestores de ativos avalia transferir funcionários ou funções para fora da cidade.

Em carta enviada no fim de semana ao secretário financeiro de Hong Kong, Paul Chan, e vista pela Bloomberg News, a Asia Securities Industry & Financial Markets Association (ASIFMA), principal grupo de lobby do setor de finanças na cidade, disse que a abordagem linha-dura coloca em risco o status de Hong Kong como centro financeiro, sua recuperação econômica e competitividade.

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O alerta da associação coincide com a reabertura de outros centros financeiros como Singapura, Londres e Nova York, que têm flexibilizado regras para viagens enquanto procuram conviver com o coronavírus. As políticas de quarentena de Hong Kong estão entre as mais rígidas do mundo. Viajantes que chegam à cidade precisam fazer quarentena por até três semanas, uma estratégia que tem conseguido manter os casos de Covid próximos a zero.

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“O resto do mundo está avançando, e Hong Kong não está articulando um plano que dê aos indivíduos a certeza de que precisam”, disse Mark Austen, diretor-presidente da ASIFMA. “Algumas empresas estão transferindo as operações, não são muitas no momento. Quanto mais isso durar, mais difícil será para as empresas manterem essas posições em Hong Kong.”

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Nas respostas de 30 de seus membros, a ASIFMA relevou que cerca de 90% disseram que operar em Hong Kong sofreu um impacto “moderado” ou “significativo”. Quase 75% das empresas, em sua maioria internacionais, enfrentam dificuldades para atrair e reter talentos, e um terço lidam com desafios “significativos”.

O governo de Hong Kong não pôde comentar de imediato.

Embora reconhecendo os desafios enfrentados pelas empresas, autoridades de Hong Kong dizem que a maior prioridade é abrir as viagens para a China continental. A chefe do Executivo da cidade, Carrie Lam, disse em entrevista à Bloomberg News no início do mês que uma única morte seria uma “grande preocupação” e que a abertura para a China também beneficiaria empresas na cidade, já que a maioria depende de Hong Kong para acessar o continente.

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