Nos EUA, S&P 500 e Dow Jones tentam novo recorde apesar de susto com Snap

As ações da Snap têm baixa de 22,8%, com alerta sobre gastos de publicidade, e puxa baixa na Nasdaq e nos papéis das chamadas big techs

Bolsa de Valores de Nueva York
22 de Outubro, 2021 | 11:36 AM

São Paulo — Enquanto os mercados têm um dia de forte tensão no Brasil, a bolsa de Nova York tenta sustentar um novo recorde do índice S&P 500 na manhã desta sexta, de olho na temporada de divulgação de resultados corporativos. Pouco depois das 10h30 (11h30 em Brasília), o índice que mede o desempenho das 500 ações mais importantes no país tinha leve alta de 0,11%, marcando 4.554 pontos, nova máxima do indicador.

  • O índice Dow Jones, termômetro de 30 ações líderes de seus setores, tinha valorização mais consistente, de 0,42%, marcando 35.752 pontos, também novo recorde.
  • Já a Nasdaq tem baixa de 0,33%, aos 15.165 pontos, em seu principal índice após o Snap advertir para queda na publicidade nas redes sociais.
  • As ações da Snap têm baixa de 22,8%, sendo negociadas a US$ 58,09 cada.

Executivos do Snapchat disseram na quinta-feira que os gargalos da cadeia de suprimentos estão levando as empresas a conter os gastos com publicidade online para as próximas festas de fim de ano, o que significa que as vendas aumentarão apenas cerca de 30% no quarto trimestre, em comparação com as estimativas dos analistas de quase 50% . Os comentários pegaram o mercado de surpresa e colocaram as ações da empresa no curso de sua maior queda de todos os tempos.

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O aviso da Snap aumentou os temores de como os gargalos da cadeia de abastecimento global podem se espalhar em diferentes setores, incluindo tecnologia, em meio a pressões de custos mais elevados.

Na agenda do dia, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, deve falar em um painel de discussão mais tarde e os investidores estarão atentos a indicações de quando o banco central americano poderá começar a restringir a política monetária. O presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, disse na sexta-feira que sua preferência seria terminar a redução de estímulos antes de olhar para um aumento nas taxas.

-- com Bloomberg News

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Toni Sciarretta

News director da Bloomberg Línea no Brasil. Jornalista com mais de 20 anos de experiência na cobertura diária de finanças, mercados e empresas abertas. Trabalhou no Valor Econômico e na Folha de S.Paulo. Foi bolsista do programa de jornalismo da Universidade de Michigan.