Guedes nega que pediu demissão e Bolsonaro diz que não ‘fará aventura’

No pronunciamento, Bolsonaro disse ainda que não tem plano de congelar o preço dos combustíveis e que o auxílio para caminhoneiros custará menos de R$ 4 bi

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São Paulo — O presidente Jair Bolsonaro disse hoje que tem “absoluta confiança” no ministro da Economia, Paulo Guedes, e afirmou que o governo não fará “nenhuma aventura”. Os dois participaram de pronunciamento conjunto no Ministério da Economia para negar rumores sobre uma eventual saída de Guedes do governo.

“Não pedi demissão em nenhum momento”, disse Guedes. “Nem eu pedi, nem o presidente insinuou qualquer coisa nesse sentido”, afirmou.

No pronunciamento, Bolsonaro disse ainda que não tem plano de congelar o preço dos combustíveis, interferir na política de preços da Petrobras e que o auxílio para os caminhoneiros será de menos de R$ 4 bilhões. “Tem muita gente passando necessidade”, disse Bolsonaro.

Guedes afirmou que Bolsonaro pediu para a equipe econômica um programa social temporário para minimizar os efeitos da inflação para os mais necessitados. “O presidente Bolsonaro tomou a decisão certa”, disse Guedes.

“Não há nenhuma mudança no arcabouço fiscal. Vamos apenas diminuir o ritmo de ajuste fiscal”, disse o ministro.

Saída dos mais jovens

Guedes considerou normal a saída dos integrantes “mais jovens” da equipe do Tesouro Nacional, incluindo o secretário Bruno Funchal. “Foi natural secretários pedirem para sair”, disse Guedes.

“Nós entendemos que o teto é um símbolo de austeridade, mas não vamos deixar a assistência entre os mais necessitados”, disse o ministro.

O ministro afirmou que “está fazendo as coisas com transparência” e previsibilidade. “Cabe a mim fazer a avaliação de até onde por ir”, disse.

Esteves Colnago

No pronunciamento, Guedes afirmou que Esteves Colnago, ex-ministro do Planejamento no governo Temer, será o novo secretário do Tesouro Nacional.

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