Bloomberg — Os preços do petróleo WTI caíram do nível mais alto em sete anos após o relatório de estoques dos EUA mostrar um aumento do petróleo bruto no país, além de medidas anunciadas pela China para estabilizar o fornecimento de energia para o inverno.
Os futuros em Londres caíam para menos de US$ 85 o barril perto das 8h, horário de Brasília, em meio a uma queda mais ampla nas matérias-primas, incluindo alumínio e cobre.
A China está estudando maneiras de intervir no mercado de carvão para garantir preços razoáveis, enquanto o órgão fiscalizador de energia do país organizou uma reunião na terça-feira (19) com refinadores depois que os preços do petróleo dispararam.
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O American Petroleum Institute informou ontem que os estoques de petróleo bruto aumentaram em 3,29 milhões de barris na semana passada, embora o grupo da indústria tenha relatado outro grande declínio no principal centro de armazenamento de Cushing, Oklahoma. A queda dos estoques fizeram com que a estrutura do mercado de futuros do petróleo dos EUA subisse rapidamente, com o spread muito aguardado entre os dois contratos de dezembro mais próximos chegando a US$ 10 o barril nesta semana, o mais alto desde 2013.
O petróleo começou a subir quando a crise de energia - causada pela escassez de carvão e gás natural - coincidiu com a recuperação da demanda das economias após a pandemia. Wall Street tem aumentado constantemente suas estimativas para os preços do petróleo nas últimas semanas, com o Morgan Stanley sendo o último banco a fazê-lo, apostando no Brent em US$ 95 no primeiro trimestre do ano que vem.
O mercado está atualmente vendo um “momento de realização de lucros após a recente alta”, disse Hans Van Cleef, economista sênior de energia do ABN Amro. “Além disso, o sentimento em outros mercados de energia se tornou um pouco mais relaxado, então isso também pode ser um efeito de contágio.”
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