Joint venture da Votorantim mira ativos de energia renovável

Plano de reunir vários ativos para criar empresa de R$ 17 bi com capacidade de 3,3 gigawatts e projetos de 1,9 gigawatt coincide com escassez de oferta global de gás natural e carvão e crise hídrica

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Bloomberg — A empresa de energia que está sendo criada pela Votorantim e o Canada Pension Plan Investment Board planeja crescer por meio da aquisição de ativos de energia renovável no Brasil.

O crescimento via M&As inclui ativos operacionais hidrelétricos, eólicos, solares e de transmissão, bem como projetos greenfield prontos para serem desenvolvidos, disse o diretor-presidente da Votorantim, João Schmidt, em entrevista na terça-feira.

“Ambos os acionistas têm apetite para continuar investindo”, disse Schmidt. “Como será uma empresa de capital aberto, acreditamos que o mercado também nos acompanhará no futuro.”

O plano de reunir vários ativos de energia para criar uma empresa de R$ 17 bilhões com capacidade instalada de 3,3 gigawatts e projetos de 1,9 gigawatt coincide com a escassez de oferta global de gás natural e carvão e crise hídrica no Brasil. A crise energética resultante “reforça o valor de ter uma plataforma de energia diversificada”, disse Schmidt.

Os sócios esperam listar a empresa no início de 2022 no Novo Mercado, o padrão de governança corporativa mais elevado da B3.

O primeiro passo da VTRM - a joint venture entre a Votorantim Energia e o CPP - será comprar e consolidar as participações das duas empresas em diversos ativos renováveis, que incluem a Cesp. Depois disso, uma proposta para incorporar as ações da Cesp na VTRM e consolidar ainda mais os ativos requer a aprovação do conselho e dos acionistas da geradora. A conclusão da transação também está sujeita à aprovação regulatória.

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