São Paulo — O ministro da Cidadania, João Roma, disse nesta quarta que o governo “trabalha” para aprovar um pagamento mínimo de R$ 400 para o Auxílio Brasil, nome do novo Bolsa Família. O ministro não explicou qual seria a fonte de custeio do benefício social.
“Vamos viabilizar o pagamento dentro das regras fiscais”, disse o ministro em breve declaração e sem responder a perguntas.
O novo benefício começará a ser pago em novembro com um reajuste de 20% sobre valor pago hoje pelo Bolsa Família, segundo o ministro. “O programa permanente tem valores que oscilam, vão desde valores abaixo de R$ 100 até valores superiores a R$ 500. O programa, de maneira geral, terá reajuste de 20%”, disse ele.
O ministro afirmou que está buscando interlocução com o Congresso para viabilizar o pagamento. “Não estamos aventando que o pagamento deste benefício se dê através de créditos extraordinários”, afirmou.
O governo buscar estruturar um benefício transitório que funcionaria até dezembro de 2022. O benefício transitório depende de uma alteração do relatório do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) sobre a PEC dos Precatórios.
Roma afirmou que o programa não tem “nada de eleitoreiro” e que as “áreas social e econômica são duas faces da mesma moeda”.
Mais cedo, o presidente Bolsonaro confirmou, durante evento no Ceará, que o novo Auxílio Brasil será de R$ 400, mas afirmou que isso não vai furar o teto de gastos. O presidente afirmou que o governo tem compromisso com programa social e que não vai fazer loucuras com o orçamento, mas não explicou a fonte de recursos para financiar o aumento do benefício.
O governo chegou a planejar o anúncio da medida na noite de terça, mas cancelou o evento na última hora. A preocupação com o estouro do teto de gastos motivou baixa de mais de 3% no Ibovespa e levou o dólar a R$ 5,60 nesta terça.
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