Bloomberg — O petróleo continua avançando para o patamar mais alto em sete anos, com o dólar caindo e os investidores avaliando a crise energética que agita os mercados globais.
Os futuros do WTI em Nova York ultrapassaram US$ 83 o barril na terça-feira (19), em alta de até 1,4% e o maior patamar desde outubro de 2014. Enquanto isso, o índice Bloomberg Dollar Spot caía 0,4%.
A Rússia está mantendo um controle rígido sobre o fornecimento de gás para a Europa e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados não bombearam petróleo suficiente para cumprir a meta de produção, exacerbando a crise de oferta já existente nos mercados de energia.
O petróleo bruto subiu nas últimas oito semanas com a crise de energia - provocada pela escassez de gás natural e carvão - coincidindo com uma recuperação na demanda das principais economias emergentes pós-pandemia. Os estoques devem diminuir neste trimestre, apertando ainda mais o mercado, embora haja sinais de que os preços mais altos da energia estejam prejudicando a produção industrial na Europa e na Ásia.
“O apertado equilíbrio do petróleo físico deve prevalecer, e os preços devem ficar em níveis elevados pelo resto do ano”, escreveu o analista Tamas Varga da PVM Oil Associates em um relatório.
Refinarias de petróleo na Ásia estão elevando as taxas de execução, em parte em resposta à crescente demanda do setor de energia por produtos petrolíferos como gasóleo e óleo combustível.
Leia também
Tom é positivo nos mercados internacionais, sustentado por safra de balanços
ETF de futuros de Bitcoin dispara em estreia nos EUA
B3 vai pagar R$ 1,5 bi pela Neoway para diversificar atuação