São Paulo — A Vale voltou a suspender, por ordem judicial, as atividades na mina de Onça Puma, no Pará. A mineradora diz que decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Pará concedeu efeito suspensivo ao recurso interposto pelo governo paraense, restabelecendo a suspensão da Licença de Operação (LO) da mina, que responde por 7,5% da produção total de níquel da companhia, em Ourilândia do Norte. Nesta manhã, as ações da mineradora operam em queda de 2%, a R$ 79,07, em dia negativo na B3.
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A companhia acrescentou que seguirá “tomando as providências administrativas e judiciais cabíveis buscando reverter a ordem de suspensão das operações da mina, a qual entende improcedente”.
No dia 4 de outubro, a mineradora já havia informado que estavam suspensas as atividades na mina de Onça Puma, após ter sido notificada da suspensão da licença de operação pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS) com base em alegado descumprimento de condicionantes da licença. Mas a companhia conseguiu, no dia de 7 de outubro, de uma juíza da 3ª Vara de Fazenda da Comarca de Belém uma liminar determinando o restabelecimento da vigência e validade da licença de operação da mina, além do retorno imediato das atividades de mineração.
O caso seguiu para a instância superior, o Tribunal de Justiça do Estado do Pará, que ordenou uma nova suspensão da mina. No começo do mês, a Vale ainda avaliava os impactos diretos estimados com a paralisação da mina de Onça Puma.
As operações da Vale no Pará também apresentaram outro problema neste mês. No dia 3, houve um incêndio na mina de Salobo, que produz cobre em Marabá e acabou suspendendo a produção, com avaliações preliminares para a retomada até o final de outubro, sem especificar o dia. Em 2020, Salobo produziu 172,7 toneladas de concentrado de cobre.
A Vale divulga os dados do resultado financeiro do terceiro trimestre no próximo dia 28, após o fechamento do mercado. Antes, amanhã (19), também após o fim do pregão, será divulgado o relatório de produção no período.
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