Bloomberg — A indústria de energia eólica está convocando governos a aumentarem seus compromissos com as energias renováveis antes das negociações climáticas em Glasgow, no final deste ano.
A indústria deixou claro que está pronta para uma rápida expansão, mas os políticos precisam ser mais rígidos quanto a suas metas verdes, segundo relatório publicado pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês), que foi elaborado com o apoio de empresas como a Vestas Wind Systems, Orsted e a divisão de energias renováveis da General Electric.
“Já temos as ferramentas e a tecnologia de que precisamos para enfrentar a mudança climática”, disse Rebecca Williams, diretora do GWEC para as negociações climáticas da COP26. “O que ainda não temos é a vontade política sem precedentes tão necessária para que isso aconteça”.
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É preciso uma parcela muito maior de energia eólica e solar para limitar os aumentos da temperatura global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA). Na maior parte do mundo, as novas instalações de energia renovável já são competitivas em relação aos combustíveis fósseis.
Mas ainda há empecilhos para o tipo de expansão preconizada pelo IEA. Um problema é que pode ser complicado para os desenvolvedores eólicos obter licenças quando enfrentam resistência por parte dos moradores de certas regiões, que consideram as turbinas um incômodo estético.
Sem aprovações mais rápidas, “haverá um excedente de projetos’ estagnados ‘e os países não alcançarão suas metas climáticas”, alertou o GWEC.
A organização também pediu aos governos que eliminassem o carvão, construíssem mais estações de recarga de veículos elétricos e apoiassem a precificação do carbono para impulsionar o investimento em energia limpa.
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