Índia promete mais ações climáticas mesmo sem meta de emissões

País já atingiu em grande parte a meta de atingir 40% da capacidade instalada com fontes não fósseis e tem opções para ampliar essa ação

País tenta avançar em metas climáticas apesar de desafios locais
Por Archana Chaudhary
18 de Outubro, 2021 | 08:47 PM

Bloomberg — A Índia planeja adotar medidas mais ambiciosas para o meio ambiente até 2030, mesmo enquanto o país evita definir uma meta de emissões líquidas de gases de efeito estufa.

O país já atingiu em grande parte a meta de atingir 40% da capacidade instalada com fontes não fósseis e tem opções para ampliar essa ação, disse a ministra das Finanças da Índia, Nirmala Sitharaman, em entrevista no domingo.

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“Mostramos uma mudança muito clara e espetacular de onde estávamos para grandes objetivos em energia renovável”, disse Sitharaman. “Agora, também aprimoramos o que podemos alcançar até 2030.”

A expectativa de que China e Índia, dois dos maiores emissores e usuários de carvão do mundo, não farão grandes promessas de ação climática de longo prazo ofusca as perspectivas de sucesso na cúpula do clima das Nações Unidas que começa em Glasgow, Escócia, no final do mês. O enviado do clima dos EUA, John Kerry, já alertou que os países podem ficar aquém de um novo acordo sobre medidas mais ambiciosas para combater o aquecimento global.

A Índia até agora tem rejeitado pressões para se comprometer com uma meta de emissões líquidas zero e, em vez disso, pediu às nações do G20 que façam uma promessa focada nas emissões per capita. A vizinha e rival China anunciou no ano passado seu próprio programa para atingir a neutralidade de carbono até 2060.

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“Parece que estamos trazendo demandas cada vez mais novas, particularmente para economias emergentes”, disse Sitharaman em entrevista em Nova York, onde participa das reuniões do G20 que ocorrem antes da COP26.

A Índia quer que quaisquer novos acordos sobre ação climática sejam feitos dentro da estrutura das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, disse a ministra. A nação do sul da Ásia continuará a considerar como as metas climáticas afetarão os cidadãos comuns, incluindo o custo de alternativas aos combustíveis fósseis, de acordo com Sitharaman.

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