Rio Tinto busca melhorar desempenho após problemas de produção

Principal causa para a redução das expectativas para exportações de minério de ferro é a falta de trabalhadores causada por restrições de fronteira relacionadas à Covid-19 na Austrália Ocidental

Empresa carrega minério de ferro para os portos
Por James Thornhill
15 de Outubro, 2021 | 09:57 PM

Bloomberg — A Rio Tinto reduziu as estimativas de produção para commodities importantes como minério de ferro e cobre diante de uma série de desafios nas minas.

“Foi outro trimestre difícil operacionalmente e, apesar de melhorar em relação ao trimestre anterior, reconhecemos a oportunidade de elevar nosso desempenho”, disse Jakob Stausholm, CEO da Rio Tinto, no relatório de produção trimestral da empresa.

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A principal causa para a redução das expectativas para exportações de minério de ferro está fora do controle da mineradora: a falta de trabalhadores causada por restrições de fronteira relacionadas à Covid-19 na Austrália Ocidental, onde estão as minas de Pilbara da empresa. Essa escassez, juntamente com os atrasos nas cadeias de suprimentos globais, deve adiar um pouco o início da nova mina Gudai Darri, com o primeiro minério agora esperado para o próximo trimestre, disse a Rio Tinto. Uma mina de substituição, próxima a Robe Valley, também está com o cronograma atrasado.

A produção de cobre deste ano também será menor do que a estimativa anterior. A Rio Tinto prevê a produção extraída do metal industrial em cerca de 500 mil toneladas, em comparação com a meta anterior de 500 mil a 550 mil. A Covid-19 é novamente a principal culpada, com restrições que reduzem a produtividade na gigantesca mina Escondida no Chile. A empresa também relatou um incidente em sua fundição de cobre Kennecott nos Estados Unidos em setembro, o que a obrigou a declarar força maior em contratos com clientes. A Rio Tinto agora realiza obras de reparo.

No entanto, os problemas nas operações de bauxita da Rio Tinto são autoinfligidos. A mineradora citou problemas de confiabilidade de equipamentos e paralisação das minas australianas como um obstáculo à recuperação dos níveis de produção que foi atingida pelo clima adverso no primeiro semestre. A previsão de produção anual foi reduzida para 54 milhões a 55 milhões de toneladas em relação à estimativa anterior de 56 milhões a 59 milhões.

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Foi “outro trimestre decepcionante para a Rio Tinto, enquanto a empresa luta para recuperar o ‘momentum’ operacional”, disse Kaan Peker, analista de mineração da RBC Capital Markets, em relatório. “Embora nada disso seja particularmente inesperado (já estamos dentro das novas faixas estimadas na maioria das categorias, incluindo a produção de minério de ferro), a falta de recuperação não deve inspirar muita confiança.”

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