Bloomberg — A Virgin Galactic Holdings está atrasando o início dos voos comerciais para o próximo ano, após reagendar um voo de teste, decepcionando os investidores com o atraso inesperado em seus planos de negócios de turismo espacial.
O programa para atualizar a aeronave da empresa ocorrerá um mês depois do previsto, forçando o atraso de uma missão de pesquisa planejada com uma tripulação de quatro pessoas e o início do serviço comercial para o quarto trimestre de 2022, disse a Virgin na quinta-feira (14).
A Virgin Galactic disse a analistas em agosto que almejava seu primeiro voo particular com astronautas no “fim do terceiro trimestre” do ano que vem.
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Um teste recente identificou um possível problema com as margens de resistência de alguns materiais usados para modificar as juntas, o que exigirá uma análise mais profunda, mas “não afeta” seus veículos espaciais, disse a Virgin Galactic.
“Nossas decisões são guiadas por análises detalhadas e completas, e voamos com base nos dados mais precisos e abrangentes disponíveis”, disse Michael Colglazier, CEO da empresa, no comunicado.
A Virgin Galactic, fundada pelo empresário Richard Branson, trabalha na comercialização voos espaciais desde 2004. Ela recebeu aprovação regulatória da Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) para levar clientes ao espaço em junho.
O reagendamento não está relacionado a uma investigação interna sobre uma peça possivelmente defeituosa, disse a Virgin Galactic. No mês passado, a empresa postergou a janela do voo da missão de pesquisa para meados de outubro devido a um possível problema com um componente do sistema de acionamento de controle de voo.
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O próximo voo de pesquisa está programado para incluir dois membros da Força Aérea Italiana, um engenheiro aeroespacial e um funcionário da Virgin Galactic.
A FAA suspendeu a proibição dos voos de teste da empresa no mês passado após concluir uma investigação sobre o fato de que a Virgin Galactic não informou a agência sobre uma trajetória errônea em um lançamento em 11 de julho, que transportava Branson e três outras pessoas. O órgão regulador justificou a decisão em 2 de setembro.
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