Primeira arena multiuso de SP quer atrair turnês mundiais para o país

Com investimento de R$ 500 milhões, obras da Arena São Paulo começam no segundo semestre de 2022

Projeto quer atrair um número maior de turnês internacionais para o Brasil já que muitas evitam o país devido a ausência de espaços adequados para shows e atrações que não podem ser realizados em locais abertos
15 de Outubro, 2021 | 09:06 PM

São Paulo — A nova arena multiuso que será construída em São Paulo pretende atrair eventos e turnês internacionais para o país. Com capacidade para 20 mil pessoas, a Arena São Paulo será construída por meio de uma parceria entre a Live Nation Entertainment, a Oak View Group (OVG), e a GL events, que neste ano venceu a licitação da concessão do Anhembi.

Na última quinta-feira (14), foi apresentado à prefeitura de São Paulo o projeto detalhado da primeira arena multiuso da cidade. O início das obras está previsto para o segundo semestre de 2022 e conclusão é para 2024. O novo espaço ficará entre as duas principais atrações do atual complexo do Anhembi: a passarela do samba e o centro de convenções.

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A ideia é que o espaço receba eventos com foco no lazer e entretenimento, seguindo o modelo adotado nesses espaços em cidades como Nova York, nos Estados Unidos. “A maior força será o ‘family entertainment’, o que inclui shows e eventos esportivos”, diz Milena Palumbo, CEO da GL events Brasil.

O grande objetivo do projeto é atrair um número maior de turnês de artistas estrangeiros para o Brasil já que, atualmente, muitos acabam deixando de passar pelo país devido a ausência de espaços adequados para shows e atrações que não podem ser realizados em locais abertos, como o estádio do Morumbi, por exemplo, que tradicionalmente recebe shows.

Da esquerda para a direita: Brian Kabatznick, VP Executivo da OVG; Olivier Ginon, fundador e presidente do grupo GL events; Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes; Milena Palumbo, CEO da GL events Brasil; Rafael Lazarini, VP da Live Nation na América Latina

“Diversas turnês são desenhadas para serem feitas somente em espaços internos. Quando se tem um produto como esse [a Arena São Paulo], é possível viabilizar turnês internacionais e novas atrações que, de outra forma, não viriam para São Paulo”, diz Palumbo. A expectativa é que ela receba cerca de cem eventos por ano.

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“Vemos de forma muito positiva a retomada, com uma capacidade extraordinária de reação do mercado”, diz a CEO, que cita como exemplo o movimento observado nos EUA após os retorno dos shows presenciais onde, segundo ela, a Live Nation vendeu mais de US$ 4 bilhões em ingressos.

“Um equipamento como esse qualifica o destino e o coloca na prateleira de outra forma para a indústria do entretenimento”, completa.

Durante sua construção, a arena deve gerar 3 mil empregos e mais outros 500 após a inauguração. O empreendimento fará parte do projeto Distrito Anhembi, uma área que, além da arena multiuso, terá um centro de convenções, empreendimentos comerciais, hotel, hospital e projetos de inovação, além de um complexo audiovisual com estúdios para gravações de filmes e publicidade.

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Igor Sodré

Jornalista com formação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, com experiência na cobertura de cultura e economia, tendo como foco mercado financeiro e companhias. Passou pela Bloomberg News e TradersClub.