Metais continuam subindo enquanto cortes de suprimentos nutrem temor de inflação

Quedas acentuadas nos estoques apontam para uma pressão cada vez mais crítica na oferta global

Ganhos de hoje (15) ocorreram depois que o índice de referência de seis metais básicos na London Metal Exchange subiu para um pico histórico na quinta-feira (14)
Por Bloomberg News
15 de Outubro, 2021 | 01:22 PM

Bloomberg — Os metais básicos sobem novamente por conta da escassez global de energia, que continua a atingir os suprimentos, aumentando a pressão sobre os fabricantes e alimentando as preocupações sobre a inflação persistentemente alta.

O zinco atingiu o pico de 6,3%, para um recorde em 14 anos, depois que a maior produtora, Glencore, informou que estava cortando a produção em três fábricas europeias por causa da alta nos preços da energia. O alumínio - um metal que, em especial, consome altos níveis de energia - aumentou 62% neste ano. O cobre ampliou os ganhos para além de US$ 10.000 a tonelada, depois que quedas acentuadas nos estoques apontaram para uma pressão cada vez mais crítica na oferta global.

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Veja também: Metais avançam com crise de energia liderados por zinco

Os ganhos desta sexta-feira (15) ocorreram depois que o índice de referência de seis metais básicos na London Metal Exchange subiu para um pico histórico na quinta-feira (14). O zinco está a caminho de um ganho recorde de 18% por semana, já que as fundições europeias se juntaram às fábricas chinesas na redução da produção devido à crise energética.

Alguns produtores estão tentando administrar cortes de eletricidade, enquanto outros estão cortando a produção por conta do aumento nos custos de energia, que supera a alta nos mercados de metais. A combinação de altos custos de energia e o amplo avanço em commodities neste ano está nutrindo preocupações de que o risco de inflação possa durar mais tempo do que o esperado, obscurecendo o horizonte para os governos e ameaçando uma recuperação na economia global.

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Os cortes de zinco da Glencore ocorreram logo após o anúncio, no início desta semana, de que a Nyrstar - outro grande produtor - cortaria a produção em três fundições europeias em até 50% devido ao aumento dos preços da energia e dos custos associados às emissões de carbono. Enquanto isso, a Matalco, maior produtora de alumínio dos Estados Unidos, vem alertando os clientes que pode reduzir a produção e racionar as entregas já no próximo ano, em meio a uma escassez de magnésio.

O cobre deve ter seu maior ganho semanal desde 2016 e está cada vez mais atrasado com o encolhimento dos estoques globais, devido à recuperação da demanda e ás interrupções causadas pela pandemia. O Grupo Rio Tinto disse hoje (15) que o início de seu projeto Oyu Tolgoi, na Mongólia, foi adiado por pelo menos três meses depois que as restrições relacionadas à Covid prejudicaram seu progresso.

O cobre subiu 1,9% para US$ 10.174 na LME. O níquel avançou 2,6%. Os futuros de alumínio em Xangai fecharam em valor recorde.

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