Jogos de milhões: as seleções mais caras da América do Sul

Seleções de futebol da América do Sul, quatro das quais estão no topo das 20 mais valiosas do mundo, se enfrentam pelas Eliminatórias da Copa do Mundo no Catar, em 2022

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Bogotá — A América do Sul é um dos principais mercados do futebol e contribui com grande participação na exportação de jogadores, sendo o Brasil o número um do mundo, com 1.600 em 2019, a Argentina em terceiro e a Colômbia em oitavo, segundo The CIES Football Observatory.

Por outro lado, em 2019, segundo dados do portal especializado Statista, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) teve receitas operacionais de mais de US$ 488 milhões, enquanto em 2020 foram de US$ 330 milhões, resultado do cancelamento de eventos importantes, como a Copa América, na Colômbia e a Argentina - finalmente realizada no Brasil este ano - além da falta de público nos estádios.

Nos últimos tempos, o Brasil tem se posicionado como um mercado sólido em termos de investimentos no ramo do futebol, e no último ano surpreendeu com várias repatriações de jogadores brasileiros do mercado europeu.

Ainda, de acordo com o Statista, dois clubes brasileiros foram classificados como os mais valiosos da América Latina em 2020, acima de times que tradicionalmente fazem investimentos milionários em países como Argentina e México.

Em 2020, o Corinthians se classificou como o clube mais valioso da região com mais de US$ 582 milhões, enquanto o Palmeiras, campeão da última Copa Libertadores e finalista da atual edição, ficou em segundo lugar, com US$ 525 milhões.

A América do Sul não apenas hospeda três dos mais icônicos campeões mundiais - Brasil (5), Argentina (2) e Uruguai (2) - como também várias das seleções mais caras do mundo.

Segundo a Transfermarkt, a equipe mais valiosa do mundo hoje é a Inglaterra (1.140 milhões de euros), seguida da França (974,80 milhões de euros), atual campeã mundial na Copa da Rússia em 2018, e da Alemanha (898,50 milhões de euros).

A seleção sul-americana mais cara é o Brasil, com 805 milhões de euros e seu jogador mais valioso, de longe, é a estrela do Paris Saint Germain, Neymar, avaliado em 100 milhões de euros.

Depois vem a seleção argentina, que é a quinta maior do mundo, com uma avaliação de 734 milhões de euros e, como esperado, o também jogador do Paris Saint Germain, Lionel Messi, é o mais caro da equipe, junto com Lautaro Martínez, do Inter de Milão, ambos com 80 milhões de euros.

A Transfermarkt indica que o Uruguai -- que enfrenta o Brasil pelas Eliminatórias da Copa do Catar nesta quinta-feira (14) -- tem a terceira força de trabalho mais cara da América do Sul e a décima primeira do mundo com uma avaliação de mais de 370,90 milhões de euros. Federico Valverde, jogador do Real Madrid, é o seu homem mais valioso, com 65 milhões de euros, à frente dos emblemáticos Edinson Cavani (6 milhões de euros) e Luis Suárez (15 milhões de euros).

A Colômbia é a quarta na América do Sul e a 18ª no mundo, com uma avaliação de 258,50 milhões de euros. O seu jogador mais valioso é o centroavante do clube italiano Atalanta, Duván Zapata, que apesar de ser reserva de Radamel Falcao na seleção nacional, tem um preço bem superior a 33 milhões de euros, enquanto o jogador espanhol do Rayo Vallecano custa 2,2 milhões de euros.

Mais abaixo na lista estão Paraguai (117 milhões de euros), Chile (97,40 milhões de euros), Equador (73,55 milhões de euros), Peru (53,40 milhões de euros), Venezuela (37 milhões de euros) e Bolívia (8,88 milhões de euros).

As seleções mais valiosas

(Cifras em milhões de euros)

Copa América dos tokens

A outra partida dos times de futebol do continente é disputada no campo das criptomoedas, cada vez mais adotadas como estratégia comercial.

No Brasil, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou, em junho, que estava fechando uma parceria com a empresa turca Bitci, especializada em projetos de NFT, para a criação de seu próprio token digital.

O impacto foi tamanho no gigante sul-americano que, no dia do lançamento, a criptomoeda da seleção brasileira se esgotou em cerca de 30 minutos e arrecadou cerca de R$ 90 milhões (cerca de US$ 17,4 milhões).

Antes da Copa América, que o Brasil sediou, a seleção argentina lançou seu token digital, no dia 10 de junho e “o lote inicial se esgotou em poucos minutos”, conforme anunciado na ocasião pela Associação Argentina de Futebol (AFA).

Veja mais: Boca Juniors negocia emissão de tokens

E em meio ao êxtase da final entre os dois times, que a Argentina finalmente venceu, um novo grupo de Fan Token foi lançado sem limite de compra.

Mas este fenômeno já se espalhou para outros esportes, como as artes marciais mistas, como se vê no caso do UFC Fan Tokens, que foi lançado no meio do ano ao preço de 2 euros na venda inicial.

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